O CLAMOR
Tudo está muito esperado, previsível, deprimentemente previsível. As falas dos jornalistas comentando as notícias, que, por sinal, são sempre as mesmas. Esse é um exemplo bem ilustrativo para o que quero colocar sobre a necessidade que temos e não a temos suprida.
Bem, o fato é que está tudo água com açúcar demais.
Cansei, realmente, de tudo isso. E vou relatar uma experiência pessoal para ilustrar meu argumento de que tudo é chato porque previsível. E tudo é previsível, porque chato. Sei que é um argumento circular, mas é o que encontrei para explicar essa coisa de água com açúcar de hoje.
Foi há mais ou menos uns dois anos que aconteceu comigo.
Eu era cooperador de uma igreja pentecostal e estava querendo mudar aquele sistema de aulas e pregações daquele básico dos básicos.
Assistia nos canais do YouTube grandes pregadores como Jonas Madureira e achava que conseguiria (de alguma forma) convencer a liderança da igreja local que congrego de que aqueles pregadores eram a referência a ser seguida.
Conclusão: acabei perdendo todos os cargos na igreja e sequer consegui falar para quem realmente deveria ter falado.
É que na igreja que congrego se você não fala as coisas para o pastor presidente é como se não falasse a ninguém. E é, claro, nem sequer tive espaço para falar o que eu pensava. Já era previsível, é claro, não é?
Pois bem. E o que isso tem a ver com a previsibilidade? (Como se já não fosse previsível).
Bem, como pode perceber, tudo tem se tornado previsível, até nas igrejas.
E, ligando as notícias de jornais com o que vivi, entendo uma coisa: tudo é sempre esperado porque politicamente correto. E tudo chato, porque programado. Só isso.
Mas o que fazer, então? Bem, se calar não é a melhor solução.
O que devemos fazer é mudar essa dinâmica.
Afinal há um clamor ao entendimento.
Afinal, as coisas mudam e não são chatas, exatamente porque mudam.
Então, perceba esses movimentos das coisas.
Como se transformaram?
Inclusive você!