Recordando o Repórter Esso

Fui bancário durante mais de 30 anos. Na área que atuei, o crédito rural, sem ´falsa modéstia fui um bom profissional, sempre procureidar o melhor de mim na tomada de propostas, elaoração de proetos, análise, entrevista com clientes etc e coisa e tal. Os clientes podem e até hoje, graças a Deus, atestam que fui bom funcionário, mais que sempre procurei ajudar o homem do campo.

Agora, quandoe perguntam se a miha vocação seria ser bancário ou mesmo funcionário público. respondo que não. Eu fui bancário por contigência do destino, acaso, falta de outra opção. fiz um concurso quase obrigado por meu pai que não aguentava mais mever na malandragem, passei e fiquei no emprego. Mas a minha vocação não era ser bancário. Pra que mentir? Dentre outras profissões, caso da de professor, eu sempre admirei muito, acreditem, o radialismo, inclusive oradialismo jornalistico. Sempre fui - ainda sou - ligado ao rádio. Fui fã incondicional dos grandes locutores tanto esportivos como noticiaristas. Cheguei até, como amador, a comandar um programa de entrevistas aos sábados, durante quase dez anos, na Rádio jornal de Pesqueira. E escrevi a crônica do meio dia durante mais de vinte anos.

Infelizmente Deus não me deu ao boa voz. A minha voz é maisantimicrofônica possível. Ningupe mais do que eu sabe disso. Se usei o microfonefoi com uma dificuldade incrível porque a minha voz e totalmente ruim, desafinada, rouquenha e sem o timbre que caracteriza o bom locutor ou radialista. Sim, sou melhor escrevendo do que falando.

Confesso que admirava mais o rádio de antigamente. E da programação, o que mais gostava era das emissões do famoso "Repórter Esso". Comoeu adirava aqueles locutores porretas, aquela maneira dee dar a notícia e primeira mão do que estava acontecendo no Brasil e no mundo. A música caracteristica daquele nociaro anda está na minha mente ecoração, parece que um dos locutores era Heron Gomingues e o Recife não e lembro, mas um amigo meu, Rossini Moura, durante um período foi locutor desse noticiário. Um tempo desse ouvi a gravação de várias emissões do "Repórter Esso" na Rádio Universitária. A emoção foi incrível. Ouvir esse noticiário era algo obrigatório para a maioria das pessoas. Eu dria que ele superava o Jornal Naconal da Globo. Motivo: era talvez o unco noticiário do gênero. Mais: era algo mais sério, a verdade eé que havia mais ética no jornalismo. Ainda hoje relembro aquele tensao que havia na [última notícia, quando o locutor, depois da musiquinha, anuniava: "...E atenção, URGENTE, Washington, notícias da United Press dão conta que uma força tarefa armada pelos Estados Unidos invadiram Cuba e foram rechaçados pels milicias revolucionárias. Mais auma vez, Washington, UREGENTE: O presidente John Kennedy assumiu a responsabilidade pela invasão da Bahia dos Porcos em Cuba. O líder revolucionário Fidel Castro anunciou que os contra-revolucionáriosserão julgados sumariamente e levados ao Paredón! O Rerpórter Esso voltará ao ar no se horário normal u a quaquer hora em edição extraordianária".

Era outro tempo. Havia talvez mais emoção. Imaginem a repecussão de uma notícia dessas. Que saudade do Reórter Esso. Saudade do passado. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 05/11/2018
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