SAUDADE DO MEU IRMÃO

E aí meu irmão, Chicão, que saudade, como anda?

Como está esse cara, colosso do esporte que corria quilômetros e subia e descia várias vezes o Ilha Porchat em dias pré-campeonato de judô?

Como anda esse companheiro de estudos de inglês, aquele inglês que ficou mais na memória somente dos risos que dávamos e a batatinha frita da dona Bete, após o estudo.

Ainda se lembra do jogos de Master System, com Alex Kid que vinha na memória do console brasileiro e os jogos de verão? O jogo de surf que disputávamos, rindo do tubarão que aparecia de surpresa?

Ah, e Super Mônaco GP? Ah, esse era simbólico até. Lembro-me daquela plaquinha à beira da estrada estrategicamente bem posicionada que nos pegava nas curvas desse grande jogo. Quantas plaquinhas dessas já não evitamos em nossas curvas da vida?

Enfim, meu irmão, tô com saudade. Muita mesmo. Saudade até daquele abraço que nunca nos demos. É, tantas coisas vividas juntos, em tão pouco tempo.

Saudade simplesmente de você meu irmão, de seu sorriso branco da pasta Kolynos. De sua proteção sutil de irmão mais velho. Eu como irmão do meio fiz o que pude sem você para o Leninho, nosso irmãozinho mais novo, proteger.

Ele também tá com saudade, mas é mais tímido que eu e não tão pretensioso de escrever algo em crônicas.

De tudo isso, irmão, quero te mandar um grande abraço e tudo de bom.

Bom saber de seus amigos da igreja e que ainda sente falta de mim. Sim, depois daquela carta que me escreveu sabe bem disso. Que nossos momentos fiquem contigo, Chicão.

Enquanto isso, vou escrevendo algumas coisinhas graças a essa infância e juventude da qual fizeste parte.

Quem sabe não arranco de ti algo de bom e quem sabe esquecido (ou amortecido pelas necessidades de então), brotando no coração de irmão.

Um abração, Chicão!

Alexandre Scarpa
Enviado por Alexandre Scarpa em 04/11/2018
Reeditado em 05/11/2018
Código do texto: T6494329
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