Mortos e Órfãos e Viúvas do quem sabe e do talvez

Dia dos Mortos. Daqui a pouco vou visitar o túmulo do meu saudoso irmão aqui no Recife. Foi muito melhor do que eu em tudo. Juro. Todos reverenciamos parentes e amigos que partiram. Há um respeito geral e irrestrito pelos mortos. Uma atitude positiva. Mas uns são mais lembrados que outros. É natural, o motivo e que em vida foram mais conhecidos, destacaram mais, só isso, simples assim.

Mas até também os que são lembrados por madades que cometeram em vida. Aquele tipo de maldade que nem a morte extingue. Não consegue nem fazer esquecer. É triste, mas é verdade.

Há ainda os que morreram mas seus corpos nunca foram encontrados. Sao aqueles que foram assassinados clandestinamente, depis de serem imiedosamente tortuados, nos porões da ditadura militar, seus corpos depois da execução eram "desaparecidos", daí aquela frase célebre de Alencar Furtado sobre os filhos e mulheres dessews desaparecisos: "Órfãos e Viúvas do quem sabe e do talvez".

Uma pergunta não pode calar: como são lembrados os mortosque foram responsáveis, direta e indiretamente, pelas torturas e assassinatos nos prões da ditadura? Os parentes das vítimas é claro que nunca vão perdoar. Mas há os que admiram, prestam reverência, elogiam e vivem prestabdo hmenagens a torturadores e rsponsáveis por torturas e assassinatss no tempo da ditadura. Gohe fazem isso abertamebte, inclusive flando até em reviver aquele per[iodo miserável e execrável.

Não duvido, pelo andar da carruagem autoritária e festival de absurdos, que o presidente eleito que ,publicamente, até no voto pelo impechment de Dilma, homenageou o coronel Ulstra, tente pedir à Saanta Sé a beatificação dele e que se comece o processo de canonização.

Alguem duvida? Só se não entendeu ainda a filosofia autoritáriaque tem tudo a ver com o tempo da ditadura.

Agora vou visitar o tumulo do meu irmão, ele foi um Combatente da Liberdade, foi tambem oficial da reserva, mas era democrata e sempre lutou enquanto viveu pela democracia e pela liberdade. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 02/11/2018
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