Recordando João e Maria

Diante do festival de nonsense, quando se chega ao cúmulo de se ameaçar fechar o STF usando um soldado e um cabo, e quando o pai do ameaçador dz que já chamou à atenção do "garoto", dando a entender que tudo não passou de uma presepadinha de menino, uma boutade, uma brincaderinha, e quando nenhuma autoridade toma uma providência e ficam com medo, e outros fazem coro com essa onda de absurdos insconstitucionais e fascistas, acho que nao adanta mais protestar e nem tentar exercer com bom senso o bom combate, há uma decisão de levar o Brasil ao precipício, quem apoia isso sabe que se trata de uma aventura perigosa, mas o ódio de classe e o antipetismo é mais forte, acho que devemos mudar de tema, a gente faz o que pode, né mesmo? Posso voltar ao assunto mas en passant, de leve, nao vou malhar em ferro frio, só não vou aceitar que alguem diga "eu não sabia". E priu.

Por isso resolvi reler lguns livros e ouvir musics que gosto, tambem reassistir antgos filmes. Dentre as musicas que escolhi para matar as saudades, está um LP de Nara Leão. Coloquei logo a faixa que mais gosto: João e Maria", letra de Chico Buarque e musica de Sivuca, cantada em dento pelo grande compositor e pela saudosa musa da bossa-nova.

Confesso, sempre que ouço essa música me emociono (acho que ela é muito mais revoucionária que "Apesar de você" e que o "Caminhando" de Vandré. Par im nenhum poeta conseguiu captar com tanta precisão e lirismo a inguagem das crianças como esse genal poeta- um dos raros compositores que sabe lere escrever corretamente.

Logo nos primeiros versos ele faz com maestria que recordemos aqueles tempos em que éramos feizes e nao sabíamos - o que dava dimensão e beeza à vida, justamente porque nao aquiatávamos o valor dos bons momentos era que a coisa tinha graça. É interssante como ele coloca o verbo ser, exataente como fazem as crianças quando estão brincando: "eu era". Diz ele:

"Agora eu era o herói/ e meu cavalo só falava inglês/ a noiva do caubói/ Era você/ além de outras três...".

Quanta sensbilidade!Sim, porque a fantasia das crianças é a verdade delas. Limpa, pura, integra, sem nenhuma maldade. Os versos recriando o cima infantil (clima que renasce todos os dias na fantasia diuturna das crianças, mesmo que os nossos costumestenham mudado), é autêntico, gras a Deus.

Talvez não haja mas o caubói, hoje João será um lutador de karatê, um futebolista, uma espécie de Indiana Jones, mas continuará sempre um herói, e Maria, ah, claro que continuará sendo a noiva, a mocinha. Se não huver o cavalo, haverá na certa um robô, e ele falará inglês, of course. E o nosso herói continua enfrentando batahões que não será mais composto de alemães, mas de bandidos multinacionais u, quem sabe, criança tem cada uma, fascistas ou golpistas, violentos, metidos a ditadores. Claro que não existe mais os ensaios de rock para as matinês, agora é o axê-music, o rap, a música eletrônica, há o pergo até dos hinos militares. Mas as crianaçss continuam obrigadas a ser felizes, na fantasa delas isso é fácil - nós é que não conseguimos ver essa transa porque estamos embriagados pela mesmice e pelo medo do que por aí.

Infelizmente não há mais os quintais de antigamente onde els bancavam os fatais(a selva de Tarzan), mas o faz de conta persiste, a mente das crianças apesar do boicote da tevê e das maquininhas, continua viajando a todo vapor pelos caminhos da fantasia, voando no tapete mágico da imaginação, desafando técncas, desmraizando programas de software e sendo mais criativas do que a internet. A vda sempre será superior a qualquer tecnologia.

Pena é que os útimos versos da música sea realistas, mas por isso mesmo são verdadeiros:

"Era ua noite/ que não tinha mais fim/ pois você sumiu do mundo/ Sem me avisar/ E agora eu era um louco/ A peguntar/ O que é que a vida vai fazer de mim".

Era a criança tomando ciência da violência, do autoritarsmo e, qem sabe do fascismo.

Acho Joao e Maria uma musica perfeita. E priu. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 22/10/2018
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