Minha Festa

Confesso (já viram alguém confessar tanta coisa como eu?) um dos sambas que mais gosto de ouvir é "Minha Festa", de Nelson do Cavaquinho e Guilherme Brito. Esse samaba foi cantado pelas duas maiore sambistas do Brasil em todos os tempos, Clara Nunes e Beth Carvalho. Não me perguntem com qual das duas mais gosto de uvir esse samba arretado. Essa confissão não faço, fico como os tucanos: em cima do muro. É um samba curtinho, mas lindo demais: "Graças a Deus minha vida mudou/ Quem me viu, quem me vê/ a tristeza acabou/ Contigo aprendi a sorrir/ Esqueceste o meu pranto de quem sofreu tanto/ Organizaste uma festa em mim/ É por isso que eu canto assim" E tome aquele arretado laialaalalá... Lindo, lindo, lindo.

Cada pessoa tem a sua festa, mesmo que esse tipo de festa não seja a sua praia, certo? Mas se nos sentimos bem fazendo determinada coisa, devemos fazê-la. E priu. Que mal há e fazer o que gostamos, mesmo que o resultado deixe a desejar? A minha festa, por exemplo, é escrever. Gosto, gosto não, adoro escrever, me realizo escrevendo, meso sabendo que ou um mro escrevinhador matuto. Eafirmo isso porque noutra festa me julgo bom, na leitura. Ora, se manjo um pouco dos livros posso e devo julgar o que escrevo e sei, com certeza, que minha escrita é medíocre, além disso sei tamaabe que sou eio rude e relaxado, e muito limitado em certos assuntos.

Faço parte daqueles que escrevem não só por prazer, mas por vício, um vício saudável. Escrever é também algo que me torna feliz. Por que iria renunciar à escrita? De jeito maneira, sou muito teimoso.

Por fim lembro, mais ua vez, o que disse Eduardo Galeano sobre a escrita (ele sim, foi um grande escritor): "Escrever´é a única coisa que consigo mais ou menos. Então não posso viver sem escrever. Porque além do mais, eu gosto. Para mim não é um sacrifício escrever. Escrever é uma festa".

Viva o vício da escrita. Amém. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 18/10/2018
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