FLORA E DONATELLA

Sempre que há uma campanha política eu recordo alguns causos que presenciei. Hilários, claro. Vou contar, nesta oportunidade, dois. O primeiro: eu tinha um amigo que era radialista e nas campanhas políticas municipais faturava uma nota fazendo gravações em fitas-cassetes para candidatos, sobretudo a vereador. O amigoera esperto e tinha uma voz arretada, mas sempre precisava de mim para bolar os textos. Eu fazia isso de graça, por amizade e, nao raro, para me divertir. Um candidato a vereador, um cara de poucas letras, acho quesó assinava o nome, mas bem de vida, negociante, encomendou uma fita para botar no carro de som. O amigo radialista acertou tudo com o candidato e recebeu a primeira parcela, então me procurou em casa para fazer o texto para ele gravar e, inclusive, escolher o fudo musical. Eu tinha amanhecido com asma, havia aspiradoa bombinha e ainda estava tremendo e puto da vida com a inistência do sujeito. Mas amigo é amigo e fui para a máquina e bolei o texto:

"Eu hoje acordei muito feliz. Felicidade é até apelido. Feliz porque finalmente vamos ter um grande vereador em nossa terra. Um candidato que é um verdadeiro acadêmico nos problemas do povo, um gênio da economia e das finanças, um educador do povo. Amanheci, irmãos antevendo na tribuna da nossa câmara "Fulando de Tal", essa simpatia em pessoa, esse intelectual da massa. Se nao fosse grande negociante seria bispo, cardeal e atpe, quem sabe, papa. Vitem, irmãos, votem nessa sumidade. Esse candidato será a redenção da nossa terra. É um iluminado". E a música de fundo escolhida foi Sinfonia 40 de MOzart. Essa fita rodou a campanha toda. Oamigo recebeu a segundo parcela e até um agrado. Tomei muita cerveja e Rum Montilla, além de tira-gosto de primeira, por conta desse texto, sempre rindo muito da armação. Só, hermanas e hermanos, que a danada da fita agrdou muito na ponta de rua e o candidato que se esperava ter menos de cem votos, teve quase quatrocentos, ficou na primeira suplência. E deu uma gande festa. Fui com o amigo locutor, drante os comes e bebes de vez em quando o candidato botava a fita.

A segunda. Era 2008, estava passando uma novela que era campeã de audiência, "A Favorita". O causo aconteceu exatamente no dia que iri ser descoberto quem era a verdadeira vilã da novela, se Flora (Patrícia Pilar) ou Donatella (Cláudia Raia). Pois bem, quase na hora da tal revelação, de ser desvendado o mistério, eis que um carro de som parou naminha rua, pettinho da minha casa em Pesqueira e um locutor (não, não foi o meu amigo, ele amais faria isso porque sabe que sou doido por novela) e começou aurrar pelo microfone: "Atenção, muita atenção, moradores desta rua, saiam imediatamente da frente das televisões porque o nosso candidato a vereador, "Fulano de Tal dos Anzóis da Conceição", ecolheu este importante logradouro para visitar nesta noite memorável. Vamsos, vamos, abram as janeças e portas, saiam de frente das tevês, é uma oportunidade única de recber com festa o nosso ilisytre candidato. Aproveitem este privilégio, essa visiata ilustre". Não deu outra, as anelas que estavam abertas por causa do calor s fecharam imediatamente. Mas algumas pessoas sairam nas portas com raiva e mandando parar a latromia, alguns estavam com tanta raiva que começaram a procurar bandas de tijolos. O candidato rapidamente junto com o locutor entraram no carro e foram embora, disparado. izem que ainda passou bandas de tijolo zunindo junto ao carro de som. Era só o que falatavatrocar Flora e Donatella por um candidato a vereador mixuruca e ptretensioso.

Por fim, relembro que, para decepção minha, a vilão foi Flora (Patrícia Pilar). Discordei, fiquei uma fera com Janete Clair (ou foi Ivani Ribeiro?, não sei a memoria está rateando). Vou confessar algo, quase voto no primeiro turno, na votei, mas se ele ainda fosse casado com Patricia Pilar talvez tivesse votado. Como gostaria de vê-la primeira-dama! Ela para mim é uma rainha. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 18/10/2018
Código do texto: T6479786
Classificação de conteúdo: seguro