MINHA MULHER É UM TREM!

Minha mulher é um trem.

Não na expressão do Mineiro, como beleza, corpo de Mis, mas, um trem no sentido de uma composição que roda nos trilhos, puxado por uma locomotiva. Isto mesmo, uma loca emotiva. Assim é que o trem corre no trilho do bom humor, e, quando descarrilha é um verdadeiro desastre.

Sou o carro puxado por ela, que sofre os acidentes provocados pela decomposição do seu humor, e, via de consequência toda a composição de máquina, carro e vagões. Vagões esses que são meus filhos, nora, genro e netos.

Como toda composição depende da máquina que puxa. Sua velocidade depende do estado de conservação dos trilhos, que chamo de humor. Surgindo defeito, seja a onde for, acarreta consequências na composição. Defeito esses que podem ser em consequência de Alzheimer ou excesso de carga, sobretudo falta de conservação.

Considerando que a máquina precisa de reparos e manutenção, qualquer descuido é fator de desastre. Sem contar os componentes da composição que podem ser causa do descarrilamento pelo excesso de carga ou de má conservação.

Nem sempre o acidente é por culpa da locomotiva, mas da estrutura que compõe a malha viária.

Em fim, não ha transporte mais eficaz do que o trem, porém, existem outros meios como o celibato, casal heterogêneo ou homoxessual, eremita etc.

Precisei chegar aos meus quarenta e nove anos de casado, para verificar o meio de transporte que um dia me levara para o ponto final da linha férrea, para gozar do desfrute da viagem que me propus faze-la na minha mocidade. O tempo é cúmplice da viagem sem volta.

Chico Luz

CHICO LUZ
Enviado por CHICO LUZ em 14/10/2018
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