A volta do menino
Estive participando de alguns eventos folclóricos em Aparecida e Potim. Ao entrar no pátio de uma escola, sempre retornam as lembranças da distante escola Pires do Rio e de outras muito queridas.
Dessa vez, na festa folclórica de Potim, percebi uma professora ainda jovem, caracterizada e muito bem maquiada de vovó, que no pátio contava estórias para dezenas de alunos. De fato, parecia mesmo uma senhora de idade avançada. Também me impressionei com a perfeição da maquiagem. Nesses eventos folclóricos, a gente se torna novamente um pouco criança.
Sem piscar os olhos, os alunos ficavam estáticos e quase hipnotizados. Sabe lá se era por encanto, expectativa ou medo infantil. Por momentos, porém, com o desfecho felizes de algumas estórias, os largos sorrisos infantis eram vistos.
Ali estava o mundo dos sonhos, onde as lindas rosas juvenis florecem , os mocinhos vencem o mal, príncipes e princesas são felizes para sempre e no final vem o belo rei que não é tirano...E os anjos que nos acompanham.
Perguntei para um menino se havia gostado do conto da vovó. A resposta foi que sim. Com os olhos arregalados, ele afirmava: “É minha vó que está ali!” Anotei o nome do garoto e segui meu trabalho.
Após o termino da reportagem, procurei por ele e não o vi. Relatei para as professoras o nome e o perfil do menino. Ninguém o conhecia.
Desapareceu ou não existiu? Ou será que foi arremetido para outros pátios de escolas distantes?
História real ou outro conto? Imaginação?
Isso somente saberemos nas próximas festas folclóricas, quando então, quem sabe, voltará o tal menino e a saudosa vovó, contadora de histórias da escola Judite Siqueira Weber.