Confissão acanhada mas sincera

Nunca me levei a sério. Sou totalmente avesso à seriedade formal, etiquetas, normas e até causas que se tem que cumprir tarefas das quais discordamos. Não, nao me entrego a causas, religiões, crenças, movimentos... Sou mesmo um sujeito antissocial. Antissociale também completamente avesso às ambições, até, pasme, as positivas. Sou mesmo um acomodado, conservador, reacionário e estranho aos ninhos de qualquer espécie. Não vou falar da vaidade porque, para mim, é fruta braba.

Não, nunca faltei com os meus deveres de cidadão, pai, esposo, avô e nem fui relapso no emprego. Mas nunca consegui me integrar a um grupo. Su dissidente, empata-samba, nó cego, conra corrente.

Não nego que tenha idéias socialistas. Sepre acompanhei a esquerda. Hoje, devido à idade e aos achqaques que ela provoca, além da asma crônica, sou apenas um torcedor. Mas u torcedor chato, nunca uma marionete da esquerda. Nunca concordei com a maioria. Ri muito de um comentário do prezado hermano, Serginho Neves, adoro os comentáros dele, suas fustigadas, ironia, semre com uma verve arretada, quando ele disse que estava duvidando e confuso com o meu comunismo. Ri muito, mas com a bombinha na mão por causa da asma. Ri porque não sou e nem nunca fui comunista. Quem era comunista era meu pai, um homem correto, idealista que seguia à risca à alinha do partido. Eu nunca segui, sempre fui contra essa tal linha do partido. Linha para mim so existia três: a de anzol, a de carretel e a do trem. Como poderia ser comunistase discordava da linha do partido e tinha minhas próprias idéias. Não nego, votei nos comunistas. Votei, por exemplo, para deputado federal e Gregório Bezerra, o homem feito de ferroe de flor, como dizia Ferreira Gullar. Um voto que nunca me arrependi. Mas não votei no comunista, votei num herói da resistência. Eu conhcia Gregório, mais o herói, o ser humano, o cara corajoso do que o comunista. Votei ainda nos comunistas, votei no candidato a presidente do partidão, do PCB. Foi o voto mais errado que dei na minha vida. Mas não faltou aviso, minha esposa rtodo dia me dizia: - Você vai se arrepender amargamente de votar nesse sujeito, ele vai trair os ideais. Nao outra, esse sujeito destruiu o partidão e hoje é um dos integrantes da tropa de choque da direita, e quarto supente de deputado em Sampa, aqui em Pernambuco (é pernambucano) nao se elege nem splente de coveiro. A minha esposa votou em Brizola. Ela avalia melhor os candidatos do que eu. á está fazendo a cola dos votos que eu vou votar domingo. Juro.

Estou tranquilo, faz parte da minha personalidade não ficar excitado, frenético, num estado frissson, agoniado, pichando, esculhabando, brigando. Prefiro dar minhas piniões com sinceridade, mas sem perder a ternura jamais. Sem a ternura o sujeito não chupadireito nem um pirulito. Vejo pessoas recorrendo à agressão, respaldando violentos, bufando de raiva, arrogantes, tirando onda de donos da verdade,fazendo cabriolas e dando saltos soltos, como se fossem arautos do povo, tivessem procuração divina, babam de ódio, principalmenteódio de classe. Mas ha outros, reconheço, que mesmo discordando das minhas idéias e dos meus posicionamentos fazem isso co classe e, o mais importante, até com verve, picardia, humor e, claro, com umas pitadas de ternura.

No mais, a minha grande causa, a causa que sou realmente apaixonado, é uma utopia, aquela tão bem definida por Lennon na música Imagine, um mundo sem fronteiras, sem religiões, sem barreiras, ssem donos, um mundo de partilha. Um mundo novo, ua sociedade sem classes. Utopia? Não sei, mas peço a Deus que torne esse sonho realidade. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 04/10/2018
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