Sem recorrer ao ódio e acreditando no amanhã

Sei da gravidade do momento. Sei porque sou um homem vivido. Alguém que já viu e viveu muita coisa, Viu, testenunhou e foi tambem vítima de maldades. Mas que testemunhou tambem belos gestos de amor, de solidariedade e de coragem cívica. E nenhum destes foi feito com estardalhaço, frenesi e com amostramento.

Por isso mesmo revivendo esses momentos, as exarcebações, o patriotismo de meia tigela e até tentativas de melar o jogo democrático mediante a divulgação de delações requentadas e sem provas cabais, além de ver uita gente arrotando um cicismo de ocasião e babando raiva, lançando mão do rancor e semeando um ódio de classe avassalador, nao esquento. Já filme esse filme e não gostei. Mas não posso descambar para o mesmo nível, ofender, caluniar, pichar, nutrir raiva, rancor e ódio. Não me surpreendo, não posso me surpreender, eu, repito, a vi esse maldito filme antes, lá atrás. É claro que sinto indignação, mas sentimentos menores não. Não posso recorrer à baixaria. Não posso me nivelar aos aprendizes de fascistas, nem aos que estão babando de ódio de classe porque seu DNA é fascista. Respeito e respeito muito aqueles que estão defendendo idías diferente das minha, lado diferente, candidato diferente, mas fazem isso com comedimento e respeito, sobriedade, opção legítima. Poderia citar vários. Não faço isso porque seria lançar mão da amizade para justificar meus argumentos. Esses que respeito sabem que sempre haverá um amanhecer. E, em sendo assim, a vida continua, as amizades, a fraternidade e o respeito. A raiva, o rancor, oódio de classe só causa estranheza e, nao raro, funcionacomo bumerangue, se volta contra que o dispara. Infelizente no nosso país a gente não pode nem confiar em parte da justiça. Ea se realmentefosse ua justiça de verdade não permitiria que armaçoes fascistas incitassem ao ódio. Mas parte dela ajuda a onda de rancor e raiva. E incitam os amostrados a babar de raiva.

Essas pessoas que se ulgam poderosase donas do mundo esquecem algo primário: a vda é finita. Esqueem da advertência de Chaplin: "A vida é uma peça de teatro que não admite ensaisos. Por issocante, dance, viva a vida intensamente antes que as cortinas se fechem e a peça termine sem aplausos". Mas que se viva sem recorrer à maldade e ne aos sentimentos menores, raiva, rancor e ódio de classe.

Não, não posso desesperar e nem recorrer ao ódio. Se nao fiz isso quando do gope de 64, da ditatura militar, quando vi a casa de meu pai invdida, ele ser presosem ter cometido nenhum crime, quando senti as perseguições, discriminação, toda espécie de perseguição, como agora, pa homem velho, iria recorrer à raiva, ao rancor ou ao ódio? Não vou fazer isso.Sea qual for o resultado. Aceito o veredito das urnas, a vontade popular. Só lamento as armações. Acho algo nojento. Mas confio na história, no futuro e em Deus. Confio no futuro. Lembro mais uma vez Chaplin: "Enquanto você sonha, você está fazendo o rascunho do futuro".

Não, não acho que deva me rasgar, extrapolar, mentir, arrotar uma valentia que não tenho, uma influência que não tenho, nem comprometer minha maneira de ser. Prefiro lfazer o bom combate, inclusive aceitando e admirndo algumas hermanas e hermansos que discordam de mi, mas que fzem isso com tanta naturalidade, sem nunca querr ser superior e, o mais importante, sem raiva, rancor e nem ódio. Sou um homem muito simples, franco, direto, alegre por natureza e democrata. Acreditono riso e nas lágrimas. Na vida. No amanhã, na história. Sei que sempre haverá um amanhecer.

Falei demais, disse o que pensava, sem nenhum rancor, acho que devemos fortalexer a democracia, sem ela não há salvação. Quanto à vida, ao misto de risoe lágrimas, apelo para um dos meus ídolos Charles Chaplin: 'Creio no risoe nas lágrimas, como antídotos contrao ódio e o terror". Vasmos sossegar a periquita e defender a deocracia. Inté.

P.S. Partiu, depois da Rainha Ângela Maria, outra das minhaa dmirações musicais, o Frank Sinatrada França, Charles Aznavour, agora a tarde ouvi varias musicas na voz dele: La Mamma, Hier encore, La Boème, She, Que ces't triste Venice, Les imigrants... A minha preferida sempre foi La Mamma. Por quê? Porque a minha saudosa mãe qando ouvia chorava lembrando a mãe dela. Valeu, Charles Aznavour.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 01/10/2018
Código do texto: T6465076
Classificação de conteúdo: seguro