Madeira que cupim não rói

Acho que a pessoa normal é sujeita às emoções. Principalmente em meio a acontecimentos polêmicos que geram tensão. É muito difícil, eu diria que é quase impossível, no Brasil de hoje alguém pernanecer impassível ou inseswnsível, frio e distante ante a efervescência do momento. Eu diria que é natural e até, em alguns casos, que as pessoas extrapolem usando de veemência e, não raro,como dizia um sapateiro da minha terra, pecam as "estribeiras".

Mas há algo que nem mesmo em momentos de tensão podemos perder, o sentimento da honra - da honra que é a poesia do dever, que define o caráter, que é odiferencial do ser humano, sem sendo de honra e de justiça não há um verdadeiro cidadão. Não sei que foi o pensador que disse: -Pouca coisa se perde quando não se perde a honra. A honra e, caro, o caráter.

Vejam bem, comoum cidadão ja calejado, meucaso, pode mentir, fingir e abrir mão de sua honra sem arranhar seu caráter? Por que vou mistificar e temer ficar na contracorrente endossando o que penso? Mesmo brincando, ironizando, tentando fazer humor não calunio, naodifamo, não faço ilações e, claro, não aro mão de dizer o que penso. Nem deixo de me rebelar contra a inustiça.amsis vou ser conivente com uma inustiça, or medo, para ficar bem com a manada do momento, para justificar uma preferência minha, para dar vazão a uma idiossincrasia, recalque, raiva ou ódio.

A mim não interessa a palavra,a convicção, a ilação, a acusação, o processo e nem a condenação de nenhum juiz, seja ele quem for, se não apresentar umaprova cabal, umrecbio, um cheque, uma gravação de áudio mostrando recebimento de dinheiro ou telefonema de acerto de propina, escritura de casa, conta no país e no exterior, enfim, prova real, total, cabal. Sem apresentar isso é perseguição política e fascismo. Tem mais, no íntimo,m=no âmago, na consciência de todos há o mesmo pensamento. Sabempor quê? Porque todos temem uma justiça maior: Deus. Todos um dia vao prestar contas. Não, não me sinto inferiora juiz nenhum. Repito: nenhum, e sobre os juízes injustos levo uma grande vantagem, nao nao é porque naorecebo auxílio alugueltendo casa própriae nenhma mordomia, mas porque tenho a consciência tranquila e uma convicção verdadeira: nunca persegui,nunca fizilação, nunca julguei ningupem se provas cabais e nunca foi responsável pelo sofrimento e injustiça conytra ninguém. Deus sabe disso. Isso me basta.

No mais creio muito nas pessoas livres e justas, elas são madeira que o cupim nao rói. Elas existem, elas estão atentas, elas vão lutar por justiça, elas vão cantar com aquela alegria que ArianoSuassuna cantava uma música de Capibasempr que havia uma inustiça:

"Queiram ou não queiram os juízes/ O nosso bloco é fato campeão/ E se aqui estamos, cantando essa canção/ Viemos defender a nossa tradição/ E dizer bem alto que a injustiça dói/ Nós somos madeiras de lei que cupim não rói".

Sei que a raiva está campeando, parece que a coisa não está caminhando para acontecer de acordo com o planejado, alguns já estao usando babador porque estão babando de raiva, o surto de raiva será irreversível com as perspectivas cada vez maiores do plano fascista fazer água. Nada como relembrar um versodo Chico Buarque que causa surtos de ódio avassalador na direita fascista: - Filha do medo,a raiva é mãe da covardia". Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 15/09/2018
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