Grande Juri

Não, não vou comentar o assunto do momento, do qual já tratei ontem, de uma maneira geral (Sementes da Violência). Lembro apenas queos sinais e atos de violência não são recentes, penso que a maioria se recorda dos tiros nos ônibus da caravana de Lula, nos assassinatos de Marielle e do seu motorista, enfim a violência grassa do Oiapoque ao Chuí. Detalhe: essa opinião de que o militarismo pode resolver o problema é conversa mole. Provo: o Rio está sob intervenção militar há bastante tempo e os índices de violência continuam os mesmos e alguns até pioraram. É preciso desenhar? Mas vamos ao assunto central desta maltraçada.

Sou fã e habituê contumaz do "Troca-Troca de Livros" que funciona todo primeiro sábado de cada mês num shopping que fica perdo do prédio que moro. Não circula dinheiro, você leva um livro e troca por outro, simples assim. Não há nenhuma finalidade lucrativa mas apenas cultural. Numa ocasião troquei um exemplar do romance "O Mistério dos sete relógios", de Agatha Christie, peo romance "O ônus da prova", de Scott Turow. Desse autor já havia lido há muitos anos, "Acima de qualquer suspeita" (gostei demais). São livros sobre os tribunais dos EUA.

Esse último, "O ônus da ´prova" é um romance arretado, disseca o sistema de justiça americano, foca em algo que considero positivo: o tal Grande Juri. O funcionamento da ustiça naquela país é diferente do nosso. Lá eles criaram esse Grande Juri, composto por cidadãos comuns, cuja função é fazer uma avaliação prévia se determinada acusação deve ser objto de julgamento. Dão à sociedade dirito de avaliar uma acusação. Foi assim que entendi., mas sou leigo, talvez o nosso Celso Panza possa melhor explicar o funcionamento dessa instância de ustiça nos EUA. E há algo notável, o ônus da prova. Explico: sem prova cabal não ha nem processo. Seria bom ler esse romance, principalmente os leigos em Direito.

Mas não é um romance apenas sobe a justiça. Não. É um romance também sobre a condição humana, as virtudes e fraquezas, uma espécie de dissecação da vida como ela é, sem heróis e, com certeza, sem mlagres, até porque santos se existem é sóno céu. Achei um romance arretado. Não vou trocá-lo por outro, mesmo nao estando em bom estado de conservação, pretendo relê-lo. Sou contra os EUA, mas contra o sistema capitalista que explora os países pobres, mas não posso negar o qe ele tem de positivo nas suas instituições e nas suas artes. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 07/09/2018
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