Gandhi, Mujica e fantasia

Conta-se que o Mahatma Gandhi desprezava a fantasia e a vaidade, achava que não era roupa elegante e de gala que fazia um homem ficar mais sábio ou mais justo, até porue quem faz a roupa é um alfaiate ou uma costureira e não um juiz, m governante, uma autoridade. Pois bem, Gandhi usava uma tanga a fim de se identificar com as massas smples da Índia. Certa feita ele chegou assim vestido para auma festa (que havia sido convidado) dada pelo governador inglês. Os criados não o deixaram entrar. Ele voltou para casa e enviou um pacote ao governador por um mensageiro. Continha um terno. O governador ligou para a casa dele e perguntou o significado do embrulho. O grande homem respondeu: Fui convidado para sua festa mas não me pertiram entrar por causa da minha roupa; se é a roupa que vale, eu lhe enviei o meu terno".

Um tempo desse, o ex-presidente Mujica foi a um evento, me parece que em São Paulo ou Brasília, onde seria homenageado e faria uma conferência, e foi barrado na porta pela segurança. É que Pepe Mujica estava sem o paletó e gravata, usava suas roupas simples e um casaco, e isso está fora da etiqueta, da praxe, reduz a importância, sem estar bem vestido, segundo os dogmas sociais, homem nenum vale nada.

Ainda há muito desse tipo de preconceito, a mania do cerimonial, da fantasia, da etiqueta, daquela rapapé ridículo. Princialmente na justiça, sem aqueles enfeites, aquela vestimenta preta, sem se fantasiar de urubu éimpossível se fazer justiça. Aqui em Pernambuco colocam nessas capas parecidas com a do Drácula até uns babados e uma faixas. Juro. Uma perguntanão pode calar: sem essas fantasias é imóssível se fazer justiça? Sem fantasia não se faz justiça?

Lembro que os doutors da lei, os arautos do templo, aqueles que acusaram Jesus usavam vestimentas sacramentais, ornadas at´pe de ouro, essas vestes os ajudava a comeyter toda sorte de pecado e injustiça. Acusaram sem provas cabais o ei dos Reis. Pônico Pilatos tamabém lavou as mãos devido paramentado. E Jesus vestia apenas a roupa simples do povo, mas até esta rasgaram. Uma pergunta não pode calar: quem era o justo? Quem ficou na história?

Eu tenho uma amiga que sempre que a televisão mostra aqueles ministros de tribunais vestidos com aquelas togas e lendo aqueles pareceres e sentenças prolixas, ela desliga a tevê na hora que nem caldo de cana. Diz rindo: - Esses caras além de chatos com essa fantasia ficam parecendo uns urubus. Acho exagero, mas essas togas deviam ser abolidas. É algo meio ´parecidocom a rou pa do Drácula. O mesmo em relação ao fardão das academias. Inté. -

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 06/09/2018
Código do texto: T6441292
Classificação de conteúdo: seguro