Divagação de final de domingo

Felizmente neste domingo que está se encerrando não tive asma, mas em compensação as dores nas pernas, nas costas e um pouco de dor de cabeça me impediram de fazer uma caminhada, fui apenas até um café aqui perto conversar com meus irmãos e sobrinhos. Deu pro gasto, até porque os achaques próprios da idade são algo absolutamente normal. E priu.

Vamos à maltraçada propriamente dita que tive a pretensão de chamar de divagação, afinal é domingo e estou meio chiquê, como diz uvendedor de pirulito que faz ponto aqui perto do prédio.

Nada dói mais que a injustiça. Dói e marca. O pior é quando a injustiça é desmascarada e quem foi conivente com elarecorre à desculpa esfarrapada de aformar: - Eu não sabia, fui induzido ao erro. Às vezes é verdade, mas isso não absolve do pecado da excitação, do frenesi, do frissom de se deixar levar pela leviandade e maldade de fazer coro com julgamentos sem provas. Quem adere a um julgamento sem provas é co-participante da maldade.

Só quem foi alvo desse tipode maldade e perseguição pode testemunhar o quandeo dói e marca essa injustiça. Mais: esse tipo de injstiça nãoatinge só o injustiçado, mas toda a sua família. É preciso muita fé, equilíbrio e força interior para dar a volta por cima e, principalmente, para não pensar em vingança.

Sempre lembro que nos momentos mais difícies, após o golpe de 64 (quando meu pai foi injustamente preso e minha família sofreu todo tipo de discriaminaçãoe prseguição) eu sempre ouvi minha saudosa mãe dizer que nunca se devia julgar ninguem como nos estavam julgando, e lembrava que Jesus quando os justiceiros, manipulados pela midia da época e os doutores da lei daquele tempo, foram apedrejar Madalena, Jesus disse: - Aquele que não tiver pecado atire a primeira pedra! Ela também, era muito religiosa, lembrava de outra advertência de Jesus: - Não julgueis para não serdes julgados porque com a mesma medida que medis os outros sereis medidos e julgados. A minha mãe, apesar de ter vivido momentos tão difícies, era absolutamente contra vingança. Diferente de mim, até perdoava aqueles que nos ofenderam. Juro.

Não estou censurando ninguém, mas acho que há pessoas que acreditam muito em certos ulgamentos e no que diz a mídia. Lembro o caso dos irmaos Naves de Minas, foram condenados por matar um sujeito, cumpriram pena,foram quase linchados e... depois o cara que diziam eles mataram apareceu vivo. Lembro a escola de base. Lembro os diamentas de Abi Ackel que a Globo tanto denunciou e, depois, havia sido mentira. Lembro tanta coisa. Lembro qe nunca se deve cndenar ninguém sem provas cabais.

Lembro ainda do que me dizia um juiz sertanejo, o juiz mais correto que conheci, outor Leonísio Lopes, ele sempre lembrava uma frase de Quevedo: - Juiz que julga por ouvir dizer não é juiz, é orelha.

Bom, agora vou tomar uma sopinha com pão francês e depois café com tapioca. Bom fim de domingo. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 02/09/2018
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