V i n g a n ç a

Sou totalmente contra a vingança, não concordo que é necessário dar o troco, retaliar, se vingar. Mesmo admitindo que não sei perdoar. Não, não perdôo, sei que é uma falta grave, um pecado, um defeito danado, mas sou assim, não sei, repito, perdoar. Não me vingo, mas pisou na bola comigo, aprontou, ofendeu, prejudiou, eu risco da minha lista, para mim é como se tivesse morrido. Nada de vingança, mas perdoar jamais.

Vejam bem, comparado a um amigo meu, sou light paca. Esse amigo além de nao perdoar só descansa quando se vinga u dá o troco a quem aprontou com ele. é assim desde criança. Ele guarda a raiva nma geladeira até um dia... Vu contar uma dele que fui testemunha ocular.

Esse sujeito, meu aigo do peito, tinha um carro velho Aero Willys (lembram-se desse carro?) , sempre a a Caruaru e voltava nele, carro velho já sabem, de vez em quando dá o créu, e o dele tinha os pneus carecas. Um dia voltando de Caruaru à noite, eis que o carrto deu o prego e ainda or cima furou um pneu. Resultado ele ficou acenando para sos carros que passavam pedindo ajuda, mas só passava carro ndo para Caruaru. Fi quando em dado momento apareceu um cara num carro novo indo para o sertão, era um conhecido nosso, um riquinho do lugar, cabra muito chato. O cara viu o amigo acenando, reduziu a velocidade mas não parou, reconheceu quem pedia ajuda, mas apenas disse sarcástico: - Carro véio é ua merda! E acelerou, foi embora. Imaginem a raiva do meu amigo.

O tempo, que como dsse São Pauo é o senhor da razão (será tambem da vingança?) passou. O meu amigo comprou um fusquinha zero, nesse tempo jjá tinha negócio sólido, peguei com ele ua carona vindodo Recife. Pois bem, hermanas e hermanos, era noite, passava da meia-noite quando anted de Caruaru vimos u carro novo, um Opala novinho parado no acostamento, dera o prego e o motorista estava acenando. O meu amigo reconheceu não só o carro mas principalmente o motorista, eu não reconheci logo porque minha vista é curta e de noite piora. O amigo parou o fusquinha, desceu, e o motorista, o riquinho chato, explicou que dera um problema no motor, e pediu para ir com ele buscar um mecânico. O meu amigo riu e disse ao sujeito: - Cabra véio carro Opala aé ua merda. Te vira,safado, quem tem com que me pague não me deve nada. ó desejo que chova e com muitos raios. Entramos no fusquinha, o amigo rindo satisfeito. Parecia pinto na merda de feliz. Mas eu, eu confesso, fquei com pena do riquinho chato. Inté.