C a r l i t o s

Quando assisto algum especial de tevê ou filme de Carlitos me emociono, os olhos marejam e, juro, as lágrimas escorrem na minha face. Carlitos faz parte da minha história de vida, infância, adolescência, todas as fases, nunca esqueço a sua figura.

Acho a figura dele quando relembrada a maior resposta à violência, à desumanidade, à crueldade dos nossos dias. Parece que estou vendoo bravo Carlitos dos "bons tempos" reduzindo as tensões, desmoralizando as tiranias e zombando da prepotência, usando para isso apenas a poderosa arma do humor.

Carlitos com seu terno surrado, o seu bigode, a sua bengala e a sua mímica marcou profundamente uma época. Uma época, destaque-se, que nõ foi um tempo de paz. Pelo contrário, ele atravessou tmpos de guerra, o florescer do nazismo, a sua implantação e expansão. Ele com a sua arte no fime, O Grande Ditador, arrasou a figura grotesca de Hitler. Foi uma grande crítica, uma crítica arrasadora. Ele dizia o seguinte sobre o humor: "O humorismo alivia-nos das vicissitudes da vida, ativando o nosso senso de proporção e revelando-nos que a seriedade tende ao absurdo".

Depois da Segunda Grande Guerra, Carlitos foi alvo do macartismo (a indústria norte-americana do anti-comunismo) e teve que sair dos EUA. Foi vítima da intolerância, da pereseguição, do fascismo juridico militar, da peresguição contra os artistas livres que defendem a liberdade e a justiça social.

Mas a história é dinâmica e nenhum tirano, nenhum sistema, nenhum movimento fascista, nada pode detê-la. E a história mostrou aos fascistas americanos que ninguem pode tolher a liberdade e nem sufocar a criação, a arte. Foi a História, a liberdade e os deais do povo norte-americano, incompatíveis com o totalitarismo do macartismo quem redimiu Carlitos e fez dele o maior de todos os atores do mundo. Carlitos nunca quis ser dono da verdade e nem osar de pensador. Ele dizia: "Pensamsos demasiadamente e sentimos muito pouco. Necessitamos mais de humildade de que de máquinas. Mais de bndade que de inteligência. Sem isso, a vida seria violenta e tudo se perderia".

O que ficou de Carlitos foi a sua figura, ma alegoria da liberdade e da ternura. O seu exemplo é patrimônio da humanidade. Carçitos faz parte da história da liberdade. Ele nos ensinou algo fndamental quando fez uma confissão: "Creio n riso e nas lágrimas como antídotos contra o ódio e o terror".

Apenas para fechar nada como lembrar também as músicas magistrais dele, coo Smile, Limelight e This is my song. Eternamente Carlitos. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 24/08/2018
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