Votar certo, Ou saber votar?...

(crônica)

Saber votar, ou Votar certo... O que é mesmo???

Aproxima se mais uma vez as eleições; - e com elas vem o período do horário eleitoral gratuito na TV, no rádio e agora também na internet. É chegada a hora de tantas e tantas promessas, falácias, acusações, difamações, Fake News e toda espécie de vale tudo.

Nesse Vale Tudo: tudo vale mesmo!...

Pressupõe-se, Saber Votar; votar em alguém cujo passado e o presente sejam dignos de confiança em que esse voto será honrado e dignificado. Escolher alguém cujo histórico seja de honradez, e trabalho pela Pátria, e para a Pátria, e não para si, seus asseclas e seus familiares. Independente se (ele) é alguém com uma carreira política já consolidada, ou um principiante. E, acima de tudo que essa pessoa cumpra com sua palavra, e com as promessas feitas. Corresponda às suas expectativas e honre o compromisso assumido perante você e os demais eleitores, trabalhando em prol de uma sociedade mais justa, e um país melhor.

Honestidade, retidão e dignidade; independe de profissão, carreira artística ou alguém de origem humilde. - Votar em um jogador famoso, ator, cantor, ou um famoso apresentador de TV, só porque ele é “bonzinho” conhecido, tem fama ou é “bonitão”. Será isso o “(votar certo) tão propalado? Ser famoso é sinônimo de honestidade?

Alguém já disse certa vez que: “o brasileiro não sabe votar”. – Será que isso mudou em algum aspecto, apesar de já ter se passado tanto tempo? Políticos tradicionais, velhos lobos, e até, alguns estreantes, baixam o nível, acusando-se mutuamente, denegrindo e difamando uns aos outros, prometendo mundos e fundos; - promessas falsas e vazias, as quais nunca poderão ser cumpridas, mesmo porque, certamente eles, depois de serem eleitos e empossados no cargo, viram as costas para os rélis eleitores desavisados; - e só cuidarão, a partir daí de si próprios e de seus cupinchas e familiares.

Passados 04 anos do pleito eleitoral, verifica-se que aqueles mesmos candidatos que se diziam honestos, de caráter ilibado, “bonzinhos” e dignos do seu voto, - aqueles mesmos, transformaram-se mais uma vez em (ratos), vis abutres, a saquearem os cofres públicos, indignos de um dia terem merecido o seu voto.

E agora?... Votar Certo, Ou acima de tudo Saber Votar?

Será que saber votar é votar em alguém que já é famoso ou conhecido do povo, e por tanto, sua imagem e fama já o faz entrar na disputa eleitoral com 60% da preferência do eleitorado em relação aos demais? As mesmas promessas todos irão fazer. Acusações levianas, aos concorrentes, irão todos fazer na mesma proporção. Apontar os defeitos e a desonestidade do outro, será sinônimo de bom candidato? Apontar os erros e falhas dos oponentes é mesmo sinônimo de honestidade?

É mesmo mais honesto quem fala mais mal do outro? Essa é mesmo a senha para se saber se o dito candidato é a pessoa certa?

Existe Salvador da pátria??? – Quem vai para a televisão, “avisar” que não existe Salvador da Pátria; - Não estaria ele mesmo se auto proclamando, esse Salvador da Pátria? Votar certo é votar em quem paga mais?... Quem mente, calunia, e promete mais? Ou quem tem o dedo maior, para (apontar) a desonestidade dos demais?

Saber votar é votar em quem faz coligações arranjadas, barganhadas, “negociadas” a todo e qualquer custo?... – Votar certo é votar em quem o patrão, amigo, vizinho, o chefe religioso, ou a MÍDIA manda?

Por outro lado; como confiar em um sistema político degenerado, arcaico, podre; que produz uma legião de políticos (com raras exceções), viciados, desonestos, e mercenários, que chegam ao poder para dele se servir, e não para de fato servir à Pátria? Troca de favores, loteamento de cargos, nepotismo, compra e venda de emendas parlamentares, – projetos de leis para beneficiar financiadores e apadrinhados.

Um sistema que oferece todas as mazelas e “brechas” para que o político se torne corrupto e corruptor, - tome posse para um mandado, já fazendo campanha para a reeleição, barganhando apoios espúrios, para um próximo mandato, sem se quer ter iniciado o primeiro, - Fundo partidário, 2º turno, (financiamento empresarial de campanha), isso sem se falar nos salários absurdos e abusivos de senadores, deputados federais, estaduais, ministros, vereadores e assessores.

Conclusão: Ainda afirma-se que o brasileiro não sabe votar. Porém; pouco adianta saber votar em um sistema totalmente contaminado e corrompido, - pois, o que vai prevalecer são candidatos fabricados pela mídia comprada, e por Institutos de pesquisas, que derrubam candidatos e elegem candidatos a seu bel prazer, - sempre a serviço de grupos financeiros nacionais e, ou estrangeiros. Mais do que saber votar, é necessário que haja uma transformação radical no sistema eleitoral, e nas leis (eleitorais) vigentes atualmente no país. Aí sim, o saber votar faz a diferença.

Texto protegido pela lei dos direitos autorais, nº 9.610/1998, e no E D A, RJ. Em 11 de Julho de 2018. Campo grande MS, 08 de Agosto de2018. Arnaldo Leodegário Pereira.