Amargura: o fel da vida

A vida não é um mar de rosas. Não é facil viver, principalmente conviver. Por mais que nos esforcemos sempre extrapolamos e deixamos fluir algum tipo de comportamento que redunda em incompreensão e, não raro, em constrangimento e mágoas. O estilo de vida, o comportamento, as peculiaridades de cada um geram discordância. E isso é natural. Nada mais natural do que pensarmos diferente. É, portanto, normal sermos e pensarmos diferente uns dos outros.

Mas mesmo qe algo não nos agrade e de certa forma snos irrite, se não nos ofende, se é apenas uma espécie de idiossincrasia, não podemos sentir rancor, raiva e nem ficarmos amargos. A amargura é o fel da vida, ela aé má conselheira, e é perigosa. A amargura é filha do mal. Ela pode anaular um ser humano. A amargura é fel, larva, veneno.

Ninguém é obrigado a viver sorrindo como se estivesse eternamente vendo desenho animado, mas não poeemos virar reféns da amargura e nem viver na defensiva, sempre de mau humor.

Cheguei a uma idade que não consigo mais reprimir o que penso e nem sinto, mas jamais vou viver amargurado. Não me ligo em ódio, rancor, raiva. Nem vaidade, poder ou ser reconhecido. Não, não perdôo quem me ofende, mas apenas risco do meu mapa, é como se não existisse, mas ficar remoendo, urdindo trocos, amargurado, de eito nenhum. Era só que faltava. Deus me livre de cultivar esse ranço e esse vício maldito: a amargura.

Tô véio, sou doente, liso, sem lenço e sem documento, mas procuro viver sem amargura, envelhecer como os vinhis, me tornando melhor, sem azedar e sem virar vinagre. Xô amargura. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 06/08/2018
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