- É uma réplica, não é a verdadeira.

A Diocese de Pesqueira completou 100 anos. Estão festejando nos trinques, inclusive realizando um Congresso Eucaristico(nao sei o que é, mas dve ser algo muito importante, , participam do mesmo,segundo me contaram 500 pessoas). Veio o Núncio e deve chegar o Cardeal do Rio, o Dom Tempesta, além de outros medalhoes da Igreja.

Tudo bem, é um direito. Apenas acho que vão gastar muito dinheiro, dizem que a segurança do Núncio foi muito grande. Não se trata de crítica, mas como a iséria absoluta está voltando eu espero que discutm a situação do povo de Deus. Nada tenho contra a religião, até moro dtras do Palácio do Bispo, e sempre me dei muito bem comalguns religiosos, emboraa maioria dos graduados me fçam reparos.

Mas as pessoas comuns, mesmo religiosas, sempre se deram bem comigo, sempre fui o não religioso de estimação, aquele que critica mas o povo gosta porque é gente ligada ao povão e sem frescura. Ontem uma religiosa com quem sempre me dei muito bem, ia passando já co o passinho lento, com missal e o véu, ms fez questão de falar e disse brincando: - Felizment você não é mais da rádio e não pode mais cortar o barato da gente como fez daquela vez que veio um cardeal. E foi embora rino. Então me lembrei do que as pessoas nunca esueceram.

Foi um fato acontecido quando da chegada em Pesqueira da imagem de Nossa Senhora da Aparecida, a Padroeira do Brasi. Pnsem numa fsta religiosa impressionante. De repeente, apareceu helicóptero, carros e mais carros da policia, doorpo de Bombeirose gente, gente demais. uem trouxe a imagem foi o Cardal de Aparecida, na época, Dom Aloíso Lorscheider. Vi o movinto de longe, não gosto de amontoado de gente. Mas achei o dispositivo de segurança, o aparato, um exagero.

Bom na época eu coandava, nos sábados, um progrma de entrevistas na Rádio Jornal de Pesqueira, apesar da minha voz ruim demais, tinha muita audiência, porque eu perguntava tudo e baixava o sarrafo nos graúdos. Qando cheguei o Cardeal já estava na rádio para ser entrevistado, e havia auma fila enorme de funcionários e outras pessoas para beiar a mão do religioso (o anel). Fiquei escorado numa parede esperando, quando terminou o beija-mão, o Cardeal foi até onde eu estava e colocou a mãozona para o respectivo beijo, eu então deixei a mão dele estirada e disse: - Cardeal, eu não sou católico. Ele riu e disse: - Mas é cristão e pode apertar minha mão. Apertei. Fomos para o estúdio. Havia dentr umas vinte pessoas e fora mais de uma centena. Fiz a apresentação, o Cardeal saudou os ouvintes e etão fiz a pergunta que se não fizesse adoeceria: - Cardeal, ontem o senhor trouxe a imagem de Nossa Senhora da Aparecida para nossa cidade, houve desfile em cima de um carro de bombeiro, muito carro da polícia, muita segurança, até helicóptero sobrevoou a cidade. Me diga uma coisa: essa imagem que o senhor trouxe é a verdadeira ou é apenas uma réplica como a que eu tenho na minha casa e ouytros pessoas tamabém tên nas suas casas? O Cardeal ficou meio sem graça, mas era um homem sério,adepto da Teologia da Libertação, um libertário, aí não hesitou e res´pondeu à pergunta: - É uma réplica, não e a verdadeira. Foi uma decepção, vi muita gente fazer cara feia para mim. Eu havia, como a religiosa me lembrara, cortado o barato do povo. Mas o Cardeal começoua falar em fotografia, que quando a gente gosta de alguém e vê a fotografia tem sentimento e etc e coisa e tal. Então fomos ao cerne do debate: a questão nacional. Eu era dmirador do Cardeal, que era amigo de Arraes e defensor da justiça social. Passamos duas horas metendo o cacete nas inustiças. Quando terminou ele me disse: - Camarada, fpoi um dos melhores programas de que participei.Foi o maior elogio que recebi na minha vida de radialista.

Mas nunca me absolveram por esse fato. Tem mais: hoe eu nao faria a pergunta. Foi apenas um capricho, na Hora H eu quis tirar um sarro, não se deve brincar com a fpe do povo. Não, não faria novamente. Juro. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 04/08/2018
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