Emenda e Soneto

Não posso negar que meus escritos contêm muitas falhas gramaticais. Algumas pessoas, incusive um irmão que é muito bom em português, sempre me acondelham a tentar revisar minhas maltraçadas, cortando, alterando, melhorando a potuação, concordância e grafia. Aconselham até substituir expressões regionais por termos formais da língua culta.

Confesso que certa época tentei mesmo seguir esse conselho, mas quando fazia isso, o escrito fica sem pé e sem cabeça, a emenda ficava pior que o soneto. Mais: às vezes eu ficava achando que tinha sido escrito por outra pessoa, queera fila. Resumindo, faltava alma, tepero, o mu estilo. É que escrevo como falo. Acho faltade personaidade falar de um modo e escrever de outro. Mas cada pessoa é um mundo. Por outro lado não me envergonho do meu linguajar e, pasmem, nem dos meus erros gramaticais e de toda ordem. U sujeito famoso disse: "O estilo é o homem!". Uma verdade abissal.

Outra crítica que algumas pessoas me fazem é no tocante aoeu engajamento político. Ora, eu passei dos setenta anos, desde a mocidade,os quinze anos, tenho essa mesma posiçao política, por que iria agora mudar? Mais: as pessoas mais chegadas sabem que só escrevo sobre temas políicos por imperativo da minha consciência, não petenço partidos e sou independente. Se não fosse a consciência impor eu só escreveria sobre causosdo interior e sobre omeu cotiddiano.

No mais, quanto a minha deficiência na gramática nada como lembrar Jorge Amado: "Eu não sei gramatica, nao consegui aprender, não fui bom aluno de gramática e nunca me preocupei com isso". E foi um dos melhores escritores do Brasil em todos os tempos.Um escritor porreta. Inté.