M i c h e l z i n h o

Sempre está num sinal e trânsito junto com outro garoto. Não tem local fixo, já o vi em diversos pontos do Recife. Ele faz malabarismo na frente dos carros quando fecha o sinal. Dá salto solto, usa uns malabares, faz cabriolas e o escambau na esperança de descolar uns trocados dos motoristas. Só alguns se sensibilizam, a maioria nem olha, e quando olha é para dizwer desaforos. Nunca foi pra escola. Vive a mair parte do tempo nas ruas, só à noite vai para a casa da mãe num morro, um daquees que quado chove há perigode desabamentos. O apelido dele é Michelzinho. Um garoto excluído, sem presentee sem futuro, abandonado pelos poderes pelos poderes públicos. Não, esse Michelzinho quando crescer não vai para Harvard e nem para um colégio famoso. Vai, sem dúvida, trilhar os meandros do mal, condenado que foi por uma sociedade injusta e cruel de um país que privilegia banqueiros, casa grande, classe média alata, políticos oportunistas, autoridades que são marajás, alguns ganhndo auxíio moradia e tendo casa própria. Não, os podres poderes não têm tempo para os mIchelzinhos pobres, marrcados pelo estigma da miséria.

Não, não é só a direita, o governo, as autoridades, os ricos, a classe média alata que anão liga para esses garotos marginalizados, mas també a esquerda. Já viram um deputado senador, líder esquerdista denunciando a vida miserável desses garotos de rua? Não, falam de certas minorias, do que lhes inyteressa, de política, dos líderes, mas nunca de garotos como Michelzinho. Eu nunca vi nenhum esquerdista e nenhum religioso falando nesse problema.

No mais, estamos em plena copa, o Brasil venceu, todo o noso tempo agora é para torcer, afinal o hexa é fundamental para o país, nunca problemas como o dos menores abandonados. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 27/06/2018
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