Como urubus na carniça

Não dá mais para fingir, fazer de conta que não existe: a miséria está nas ruas. Já disse e repito: a miséria voltou e está estarrecendo. É pública, notória, visível. Só não enxerga os cegos e os míopes hipócritas, aqueles que fingem não ver a miséria. Alguns dias da semana aqui perto de onde moro, colocam o lixo nas portas dos edifícios para os caminhões da prefeitura recolher. Pois bem, antes desses caminhões chegam pos catadores de lixo com suas carroças, trazem mulheres e filhos. Abrem os sacos e saem recolhendo aquele material que se presta para reciclagem, garrfas e outros trecos. Mas também recolhe restos de comida, pedaços de sabdubas, hamburgueres, pizzas, arroz, restos de carne... Ali mesmo as crianças coem os pedaços de hamburguer, comida estragada, apoderecida, azeda. Um espetáculo dantesco. E fazem isso diante das bandeirolas do Brasil, dos pr´dios enfeitados para a Copa, ao lado dos carrões, à vista dos senhores da classe média alta, todoss fazendo que não vêem o "banquete da miséria".

Enquanto a miséria come no centro, os políticos fazem farra co o fundo partidário, as autoridades usam cartão corporativo, viajam de jatinho, os marajás doserviço públlico ganha salários milionários e mesmo assim, caso dos juízes, ainda recebem peduricalhos, como auxílio moradia, mesmo tendo casa própria. Os banqueiros cada vez mais ficam pdres de ricos, os capitalistas deitam e rolam, enfim, uma minoria curte um padrão altíssimo de vida enquanto os mideráveis comem restos de comida.

Não, não respeito a classe política, seja ela verde, amarela, rosa, azu, vermelha... Não respeito porque todos estão recebendo benefícios dos fundo partidário, nenhum renuncia a essa imoralidade, o mesmo em relação aos ricqaços e aos maraás do serviço público. Ah, se os pobres de levantassem! Ah se huvesse ua revolta popuar. Não dá, gente, pra ver criança comendo resto de comida e ficar calado. Inté.