Mistério na Praia

Não, não tem um véio mais beroso e babbaca do que euzinho. É impossível. Pois nãoa é que em plena Copa do Mundpo me deparei com ua espécie de enigma gerado por u sambinha (que dizem ser marchinha) antigo que adoro e ouvi e vi hoje no You tube, num vídeo de 1969, cantado por Maria Bethânia (então com 20 aninhos) e Paulinho da Viola (com a esa idade), num documentáro intitulado "Saravah" (assim mesmo com o h) do francês Pierre Barrouch (?). Não, a dúvida nao tem nada a ver com o documentário mas com a letra do sambinha/marchinha "Rosa Maria". Vou transcrevê-la: "Um dia/ Encontrei Rosa Maria/ Na beira da praia a soluçar/ Eu perguntei o que aconteceu/ Rosa Maria me respondeu/ O nosso amor morreu/ Não sei ainda explicar qual a razão/ De Rosa Maria desprezar meu coração/ Eu fazia-lhe toda vontade/ Será que Rosa Maria tem outra amizade?".

Fiquei pensando com os meus botões: - Por que realmente Rosa Maria estava chorando? Será que o amado aprontou com ela? Não, porque ele diz que fazia toda a sua vontade. Será que Rosa Maria arrumara um novo amor? Será que o choro era de remorso? Não, porque ela diz que o amor morreu. E quando se trai não é o amor que morre. E ela estava chorando e até soluçando. Devia ahaver utra causa. Um mistério, pensei, repensei, criei ene respostas e nada. Não tem lógica, não consigo descobrir porqueRosa Maria estava chorando na beira da praia, chorando e, repito, soluçando.

Encucado, quando encasquetouma coisa na cachola fico obcecado, resolvi consultar o Professor Abrantes Coutinho, um cara doutor em tudo, incusive em psicologia do amor. Encontrei-o na sua maloca, cercado de livros, ocinho caindo do nariz, charuto no canto da boca, tossindo, acho que deve ter mais de noventa anos. Ele antes de me atender tomou uma dose de cachaça mineira, derramou a parte do santo, cuspiu, fez a careta horrível de praxe, e mandou que eu contasse qual dilema me afligia. Citei toda a letra da música. Ele riu e mandou ver: - Elemntar, meu caro Darta, Rosa Maria está chorando porque está inconformada com a prisão do Lula, e o amado é coxinha. Calmamente expliquei que o contexto era mais antigo, do tempode Getúlio. Ele riu e disse: - Ah, tá explicado, ela era comuna e o cara secreta do Felinto Miller. Ainda tentei insistir que parecia coisa de amor. Então ele ficou mais grave e resolveu consutar alguns compedêndios na velha estante poeirenta, fiquei de longe devido à asma. Ee consultou aqueles chatos todos, Nietzsch, Schopenhahauer, Russell, Kant, Montaigne, Platão, Confúcio e outros, até um tal conde de Saint Germain. Mas anao chegou a nenhuma conclusão. Só fez dizer abrindo os braços: - Não se explica as coisa do amor, cabra véio. Vamos dar o caso por encerrado, quem sabe conclundo que Rosa Maria mijou mesmo fora do caco e estava arrependida. Mais anão disse e nem eu perguntei.

Não me convenci vou continuar buscando uma explicação, quem sabe num terreiro de macumba. Nao vou desistir. "Um dia/ Eu eocontrei Risa Maria/Na beira da praia...". Ah, nada como as musicas arretadas. Inté.