Cigano na Serra

Antes de entrar no assunto principal desta maltraçada, afirmo que não dá mais para comentar sobre os arrogantes, pedantes e amostrados. É perda de tempo. Que seengasguem de tanto saber, eu não tenho nada a ver com isso. Outro ponto: a Copa está dando sinais de melhora. Quem nao melhora mesmo é a nossa crítica esportiva, é ruum demais. Hoje meu neto me chamou à atenção para algo que não havia notado, ele me perguntou se eu estava notando algo diferente na camisa da nossa Seleção que as pessoas estão usando. Disse que não. Ele deu uma dica: - É que o númeroestá mudando. - Mudando, como nao é o dez de Neymar? Ele: - Pois é, vô, agora estão udando para 11. Realmente passaram três garotos da idade dele com o 11 na camisa, o núero de Felipe Coutinho. Neymar com sua molecagem e prepotência está se autodestruindo. É uma pena porque é um grande craque. Se nao se corrigir, acaba,

Agora vamos ao fico (gostaram do termo?) desta maltraçada. Há músicas que mesmo bonitas elas nos fazem recordar coisas que nao têm nada a ver com a letra, mas ela fica na nossa mente por toda a vida. É o caso da música "O Cigano", cantada pelo saudoso Altemar Dutra que começava assim: "Um dia/ eu em Andaluzia/ Ouvi um cigano cantar/ Havia no seu cantoa nostalgia/ de Castanholas batidas ao luar...".

A primeira vez que ouvi essa música foi dentro de ônibus na Serra de Mimoso que separa Pesqueira de Arcoverde. Era 1966, mais ou menos cinco horas da tarde, numa véspera São João, ia passar a festa com meus pais. Estava meio triste porque a namorada ficara em Pesqueira, mas ao mesmo tempo sabia que precisava estar com meus pais naquela data. Bom, estava imerso nos meus pensamentos quando, de repente, um cidadão que estava sentado na cadeira da frente que trazia um rádio daqueles bem grandes, Transglobe, eu possuo um até hoje, tem oito faixas, sem d´vida o cara vinha de São Paulo, todos que vianham de Samba trazim um desses rádios, aí ele ligou o bicho, não sei em que rádio e em vez de música de São João tocou essa cantada por Altemar Dutra. Fiquei atento ouvindo, era meio triste mas adorei, principalmente o refrão: "O amor/ tem a vida da flor/ Não sonhe alguém/ O seu sonho a colher.../ Pois bem, como ,/ acontece à flor,/ O beo amor./ Principia a morrer...". Triste, não tinha nada a ver com o meu amor, mas como estava roendo por ficar alguns dias distante da namorada, crti a música, e ela ficou atéhoje no meu inconsciene. Adoro essa música.

Não sei não, mas a mente da gente é algo formidável e espantoso, como é que fui me lembrar hoje dessa música sem ouvi-la, sem ninguém mencioná-la, sem nenhum estímulo, de repente ouvi, uro, a musica todinha no ouvido.Estao rindo? Eu tambem ri. "Um dia eu em Andaluizia....". Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 24/06/2018
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