Contracapa do livro de Mino Carta

Tive uma baita crise de asma, acho que devido à mudança do tempo; usei a bombinha duas vezes , melhorei, mas fiquei temendo que nem vara verde. Fiquei de molho numa cadeira de balanço, pensando num assunto para uma maltraçada, mas nada, estou, hermanas e hermanos, cansadérrimo desse chove-não-molha político. Acho que os graúdos, de todos os lados, não estão querendo resolver nada. Nem eles, nem a sociedade e nem o povo. Disse besteira? Se disse, pronto disse, e priu.

Mas vou tentar uma maltraçada tipo gambiarra. Vamos a ela. Hoje um irmão, o único dos oito, que também como eu é torcedor do Sport, o resto é tudo Santa Cruz, me deu u livro de presente, "A Vida de Mat", da autoria de Mino Carta. Sou admirador do grande jornalista, para mim o melhor do Brasil em todos os tempos, e que é também ótimo escritor, além de grande Combatente da Liberdade.

Não vou lê--lo de imediato porque depois que terminei de ler mais um romance de Agatha Christie (que acho superior a Joyce, Prost e Kafka, Virgínia Woolf e Clarice Lispector), "Morte na Mesopotâmia", comecei a ler e não consigo parar um romance arretado de Paula Hawking. "A Garota do Trem". Estou tão ligado no livro que estou me descuidando do RL. É um romance desses que a gente se encanta. Estou devorando o livro. Tem razão a crítica que disseque ele é viciante. E está correta a observação de um escritor: "Eu simplesmente não consegui largar o livro".

Mas volto ao romance de Mino. É que li a contracapa dele onde há um trecho do texto, uma amostra que é biscoito fino. Vou transcrevê-lo:

"A questão é o tempo, como sabemos, invenção do homem. Sinto que tudo na vida ocorre no mesmo momento, como se nascêssemsos mortos. Não direi que a vida é um relâmpago, ou um suspiro, porque exibiria minha condição humana. Certo é que me reencontro sempre aqui, sempre eu a carregar a mim mesmo personagem de uma situação imensuravel para meus pobres miolos. Tormentos metafísicos. A tola pretensão de sondar o insondável. Medo da morte? MNão penso nela com frequência, mas às vezes, no meio da noite, acordo prisioneiro de um malefício e experimento o pânico do oblívio, o terror do nada".

Para todas e todos (gostaram?) Boa Noite. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 09/06/2018
Código do texto: T6360009
Classificação de conteúdo: seguro