C a s t e l i n h o s

Tanta coisa a gente pensa. Tanta coisa a gente projeta. Tanta coisa a gente sonha... Mas quase nada realizamos, né mesmo? Pensamos, projetamos, sonhamos e então construímos pacientemente nossos castelinhos de areia com a argamassa dos nossos desejos, termura, amor... Ficam lindos, mas aí vem a roda viva dos ventos e, poke!, leva de roldão nossos lindos cstelinhos de areia. Mas anão desanimamos, somos teimosos, reconstruímos com a mmesma matéria-prima dos sonhos novos castelinhos. Mas anão tem jeito: vêm os ventos e destroem tudo. Ficamos desapontados, jururus, frustrados. Desistimos? Qual o quê! Resolvemos continuar reconstruindo os castelinhos, sem se importar que os ventos os destruam. São eles destruindo e a gente reconstruindo. Mais: anão nos consideramos vencidos e nem vítimas, mas lutadores, vá lá que seja: sonhadores. De uma coisa nós sabemos:se desistirmos de fazer os castelinhos morreremos u nos transformaremos em mortos vivos, almas penadas, assombrações. O ato de reconstruir com a argamassa dos sonhos é uma forma de viver e de sobreviver, uma prova que continuamos vivos. E nessa peleja desigual mas gloriosa sabemos que somos os mocinhos. Sabemos mais: sabeos que., quem sabe, um dia os ventos cansam!!! Mais que isso, acreditamos ou sonhamos que um dia os ventos ao fazer seus relatórios ao senhor dos ventos, um velho demônio rabugento, irascível, intolerante e mouco, em vez de elogiar a ação dos seus liderados, irá destratá-os e chamá-los de ociosos e ventos de merda que só destroem castelinhos de areia. Humihados e ofendidos quem sabe se os ventos não decretam greve e deixam em paz nossos castelinhos?!!! Os ventos não podem nos impedir de sonhar. Viver é sonhar e a recíproca é verdadeira. Vamos, vamos pegar a argamassa dos sonhos e fazer novos castelinhos. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 08/06/2018
Código do texto: T6359219
Classificação de conteúdo: seguro