Classificação babaca de textos

Há até manuais, teses, dissertações e o escambau de estudos babacas para classificação de textos: o que é romance ou novela, conto ou crônica, artigo ou ensaio, poema ou prosa poética e etc e coisa e tal.

Sou completamente leigo na matéria, quero continuar assim, jamais vou perder tempo analisando esse tipo de babaquice. Fico com o que afirmou Mário de Andrade: "conto é tudo aquilo que chamamsos de conto". Eu vou mais longe: acho que é tudo crônica, o que escrevo (embora já tenha me aventurado a tentar escrever novela e romance (inéditos de tão ruins). É claro que por ser u leitor de todo tipo de gênero literário consigo difereciar o romance da novela e o conto da crônica. Mas não discrimino. E hoje o que escrevo, mesmo nãosendo crÇonica, só público como crônica, até um folhetim ou dpois á puiquei no Recanto como crônica. Resumindo: quase só transito no RL na seção crônicas, raras vezes vou até as canções e poesia, leio algumas hermans e hermanos, as as minhas matraçadas, repito, só público como crônicas, mesmo os causos e a arenga política.

De vez em quando vejo alguém com dúvida sobre o que é crônica. A dúvida procede, mas acho que ningupem deve encucar com isso. Crônica e tudo aquilo que achamos que seja crônica, talvez a crônica de verdade seja aquele texto que não nos preocupamos tanto com a informação ea análise dos problemas, mas sim com o cotidiano, sonhos, fantasias, quando botamsos o tempero da ficção, o humor, quando enfeitamos o maracá, sem preocupaçãocom a militância scial, política, ecológica, enfim, quando não estamos vestindo uma camisa de força e nem preocupados com exatidão, militância, miudezas. Estou divagando, e quando a gente divaga escreve crônica, assim comoquando criamos uma matáfora fazemos poesia.

No mais, apenas para recordar um grande mestre da literatura vou transcrever a definição de Machado de Assis sobre a crônica:

"Não posso dizer positivamente em que ano nasceu a crônica, mas há toda probalidade de crer que foi coetânea das rimeiras duas vizinhas. Esssas vizinhas, entre o jantar e a merenda, sentaram-se à porta, para debicar os sucessos dod dia. Provavemente começaram a lastimar-se do calor. Uma dizia que não pudera commer ao jantar, outra que tinha a camisa mais ensopada do que as ervas que comera. Passar das ervas às plantações do morador fronteiro, e logo às tropelias do dito morador, e ao resto, era a coisa mais fácil, natural e possível do mundo. Eis a origem da crônica".

Não, ningupem precisa encucar com a definição doque escreve. Basta escrever e escolher o apelido do texto. Epriu. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 04/06/2018
Código do texto: T6355771
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