ENSAIO DE FUGA.
Era para improvisar uma comida mas preferi improvisar uma crônica. Depois posso até inventar que ela estava perdida em alguma parte deste cérebro enquanto viajava por ilhas distantes. Que tal ilhas do poder?
E em uma delas eu poderia andar de carro, lancha e avião ao mesmo tempo. Sabe nestes filmes de ação em que o mocinho troca de veículo de acordo com sua necessidade? Algo assim, só que na Ilha do poder chamada Brasil, poder tudo isso seria para uma minoria que possuísse reserva de tudo.
Este tipo de reserva não se trata de dinheiro somente, mas de condições de fazer mágica com ele; ou seja, estratégias de fugas bem planejadas para qualquer tipo de situação. Por que se chegar o dia em que a saída for o aeroporto, só uma minoria o alcançará.
Os demais ficarão em meio ao caos que espero não ser como o do livro ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA, de José Saramago. Pois é, se tivesse improvisado o almoço, o final teria sido mais feliz.