Os Verdadeiros Tesouros
Certa vez o Mestre dos Mestres proferiu uma sentença muito sábia: “Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde as traças e a ferrugem os consomem, e onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai para vós tesouros no Céu, onde nem as traças e a ferrugem os consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam.” Os tesouros ajuntados na terra são sempre causa de poder, posse, causam inveja, intrigas e quase sempre divisão e mágoas. Conta-se que certa vez dois amigos compraram um bilhete de loteria, sendo que um deles ficou na posse para que, num caso remoto de ganharem, fizesse a divisão com o outro. Ao conferirem o número do bilhete, no dia da extração, verificaram, com agradável surpresa que haviam ganho. O que não se podia imaginar é que o amigo portador do bilhete se apresentasse como único ganhador. A revolta foi grande, houve até ameaça de morte. Mas o amigo desonesto não estava nem aí e aguardava ansioso o dinheiro ser depositado em sua conta. No dia seguinte, de manhã, os jornais estamparam em grandes manchetes: “ O resultado da loteria foi anulado por suspeita de fraude.” Resultado da história: amizade desfeita, ódio acumulado e a decepção por haverem sido quase ricos. Esse tipo de coisas acontece com as heranças, onde muitos lutam para ter a melhor parte de um patrimônio que não ajudaram a constituir. Por isso o melhor dote, a melhor herança que se pode deixar para alguém é a formação do caráter, da personalidade e o amor. Esses são tesouros para a eternidade.