Xô, arrogância!

Admiro e respeito as pessoas cultas, principalmente quando não são arrogantes. Acho admirável aquele que tem muito saber mas permanece humilde e não se vangloria dos seus conhecimentos e vasta cultura, nem tampouco menospreza ou humilha os que não conseguiram obter esse tipo de intelectualidade. Acho que a arrogância anula de certa forma a cutura, ela fica descartável e ociosa sem serventia nenhuma.

Na vida tive o privilégio de conhecer pessoas de muita cultura, não convivi com eles mas travei conhecimento, como, por exemplo, Josué de Castro, Paulo Freire, Do Hélder Câmara e Ariano Suassuna e o grande jurista pernambucano Pinto Ferreira. Nunca tive notícia de um gesto, uma manifestação, um ato de arrogância perpetrado por eles. E todos os citados tinham uma vasta cutura. Pelo contrário: todos eles diziam abertamente que aprendiam muito com o povo.

Eu sei que vivemos numa época em que a arrogância - nem sempre lastreada por uma cultura como a dos nomes que citei - anda pululando vaidosa, fazendo cabriolas, dando salto solto e fazendo bunda canasca. Os arrogantes sao, naverdade, uma espécie de palhaços tristes. Lembro uma frase de Madae de Staél: "Os arrogantes são como balões, basta uma picadela de sátira oude dor para dar cabo deles".

Acho que para sossegar a periquita dos arrogantes e estralhaçar sua arrogância basta fazê-los assitir ao vídeo de uma aula espetáculo do saudoso Ariano Suassuna. Xô, arrogância. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 20/05/2018
Código do texto: T6342105
Classificação de conteúdo: seguro