O Soco da Natureza
Uma obra para inglês ver transforma em desastre fatal o futuro cartão postal da cidade chamado “Legado das Olimpíadas”. Os aproveitadores desafiam a natureza de forma arrogante sem ter o mínimo de conhecimento da sua força, do seu soco mortal. Engenheiros servem de cobaias para serem responsabilizados pela desgraça anunciada, servidores das acusadas empresas de engenharia recebem o mérito da execução rápida do projeto e sentam na cadeira dos réus quando o verdadeiro culpado foi aquele que anunciou para mundo a vitória do direito de sediar os jogos olímpicos.
Parecia que o dia anterior anunciara a primeira tragédia para os poderosos da mídia, o nadador não consegue alcançar o índice dos 50 metros e a água, como fenômeno da natureza, se transforma no gigante Adamastor para socar de baixo para cima dois esportistas amadores os nocauteando mortalmente para que o sensacionalismo tome conta das telonas.
Outras tragédias anunciadas estão distribuídas pelo Rio, pois a pressa, verdadeira inimiga da perfeição, impera na execução das obras que necessitam cumprir o cronograma e deixarão o povo vulnerável.
A rainha “Vitória” estará na garganta dos brasileiros que pagarão o preço da ignorância e o inglês verá mais uma vez o que foi imposto.
“E o Velho do Restelo proferiu palavras sobre o perigo da ganância.”