A Política e o Futebol
Existe uma rivalidade muito grande entre Fluminense Futebol Clube e Clube de Regatas do Flamengo há muitos anos. Um, representa a elite e o outro, o povão. É domingo de sol e estamos prontos a assistir um grande clássico, uma decisão do campeonato brasileiro que vai eleger a equipe candidata que reinará por certo tempo e fará viagens internacionais representando o seu país.
A ansiedade para a realização do evento é muito grande e o povo está eufórico para saber quem será o vencedor. Bandeiras são erguidas, gritos ouvidos por toda a parte e debates antecedem o grande espetáculo o qual a maioria da nação tem o direito de participar. O público caminha em direção ao estádio e suas cadeiras numeradas o esperam. Começa a partida e os locutores narram o feito desde o primeiro segundo da partida até o apito final. O jogo é quente, não são permitidas entradas desleais no adversário, mas os jogadores esquecem do regulamento e se enfrentam desesperadamente em prol da vitória a qualquer custo.
É dado o grito de “Gol”, que representa a vitória apertada do ilustre campeão.
Fim de papo! Uma multidão comemora enquanto a outra desdenha e confrontos são iniciados em toda parte do Brasil, quebra-quebras são contidos pela segurança nacional e por fim tudo se acalma e há a expectativa do novo dia.
O novo dia é de festa, o torcedor alienado pelos cartolas é mais uma vez ludibriado pelo poder dos empresários que patrocinam as equipes. São realizados churrascos em comemoração ao grande êxito e atletas rivais se misturam no mesmo sarau.
Passam-se alguns dias e ao se programar para a próxima temporada, o grande vencedor convida para fazer parte da comissão técnica, “O grande protagonista rival”.
“Assim é a política em nosso país.”