S h e h e r a z a d e

Não, não estou acompanhando as notícias sobre a agressão dos EUA, Inglaterra e França à Síria. Não tenho nervos para suportar esse tipo de absurdo. Acho que quem endossa essa agressão de duas, uma: ou não tem sensibiidade nenhuma ou é mau de berço. Não duvido que a Síria tenha usado armas químicas, mas os americanos não têm moral para fazer essa acusação porque mentiram quandoda agressão ao Iraque, Foi a mesma acusação.Acho que o problema devia ser resolvido pelos árabes. A autodeterminação dos povos está acima do poder da força. Que moral têm os EUA, a Inglaterra e a França para falar contra terorrismo? Depois ficam se queixando quando acontece uma retaliação dos árabes. Não, não têm moral. Mas fico por aqui, esse assunto da guerra me dá trsteza e desalento.

Mas vou dar uma palhinha sobre os árabes. Eles foram grandes n ciência, nas letras, na cultura. Inventaram os algarismsos arábicos, a álgebra, fundaram bibliotecas, são praticamente invetores da matemática, deram nomeas estrelas, enfim, a cultura árabe foi responsável pelo desenvolvimento da ciência. Foi paralisada pelo fundamentalismo e pela agressão estrangeira.

Tem mais, que era da literatura de ficção e da poesia sem as histórias dos árabes? Que seria dos grandes escritores sem "Os Contos das Mil e uma Noites"? Que seria dos mestres da literatura se naão tivessem ouvido e lido as histórias de Sheherazade? Nenhum livro, exceto a Bíblia eo Alcorão foi tão lido. Ele inspirou grande escritores como Garzia Márquez que disse ter passado a juventude lendoesse livro. Cecília Meireles dizia que ele era glorioso. Balzac era fascinado por ele, assim como Montesquieu, Voltaire e Victor Hugo. Vou dar um chutão: - Sem ele talvez Cervantes nao tivesse escrito o Dom Quixote.

Sempre releio partes das Mil e Uma Noites, me amarro na maneira de narrar de Sheherazade, acho incríveis histórias comoas de Aladim e a lâmpada marvilhosa, Ali Babaá e os quarenta ladrões, Simbá, o marinheiro...

Acho, por exemplo, que o nosso Monteiro Lobato bebeu na fonte desse livro. E vários dos nosos grandes romancistas. A arte de narrar foi invenção dos árabes. Esse livro éresultado das histórias contadas por eles. Reuniram em livro.

Seria bom que as pessoas que não simpatizam com os árabes lessem mais sobre eles. Isso talvez mudasse essa antipatia que eé simplesmente um absurdo. Não concordo com o fundamentalismo árabe, mas acho que a cultura e história deles, sobretudo o que fizerama na ára do conhecimento, merece respeito e reverência.

Viva Sheherazade. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 14/04/2018
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