Edison com "i"
Edison com "i"
Não houve a oportunidade para aquele menino o acesso à leitura da "Cartilha da Infância, edição de 1929", mas existiu a vontade de aprender através dos cartazes, faixas e jornais, o básico para seguir a vida repleta de batalhas pela sobrevivência.
Quando adulto, teve a sabedoria de adquirir em suaves prestações a coleção completa de Monteiro Lobato, "O Sítio do Pica-pau Amarelo", para que seus filhos tivessem o hábito da leitura. Edison com "i" correspondia a todos quando o assunto era mitologia grega, pois consultava o dicionário cada vez que lia um capítulo da obra e esse hábito de pesquisar o transformou em um cidadão autodidata com a capacidade de aprender tudo.
O "Aurélio" sempre foi seu fiel companheiro e hoje entendo a relevância da sua presença ao lado da sua cama. Palavras rebuscadas jogadas em sua direção eram decifradas e armazenadas naquela parede que se transformava em um estranho quadro, porém, uma arte feita pela mão destra de Edison com "i".
Uma caligrafia elegante traçava os detalhes da obra a chamar a atenção da criticidade e quando havia o questionamento sobre porquê do projetar na parede, Edison com "i" respondia:
- É para que não sumam da minha mente estes preciosos vocábulos.
E a cada dia ele se enchia de motivos para viver, pois foi grande a vontade de continuar a aprender a linguagem prescritiva, norma culta. O dicionário personificava-se ao observar suas noites e seus dias e quando alguém falava uma barbaridade, ele corrigia e utilizava-se da mais linda metáfora: "Eu sou um fiscal da palavra".
“Bem-aventurado o homem que acha a sabedoria, e a pessoa que encontra o entendimento” Provérbios 3:13