Lembrando Rui Barbosa

Estamos vivendo um momento que esbarramos em cada esquina num jurista em compotas. Tem jurista batendo um no outro. O Brasil é o país com mais juristas por metro quadrado. Citam os nomes de tantos juristas, mas nunca lembram de um dos maiores: Rui Barbosa. Por isso mesmo, neste final de domingo, aproveito para transcrever um texto do Águia de Haia:

De Anás a Herodes o julgamento de Cristo é o espelho d todas as deserções da justiça, corrompida pelas facções, pelos demagogos e pelos governos. A sua fraqueza, a sua incoerência, a sua perversão moral crucificarm o Salvador, e continuam a crucificá-lo, ainda hoje, nos impérios e nas repúblicas, de cada vez que um tribunal sofisma, tergiversa, recua, abdica. Foi como agitador do povoe subversor das instituições que se imolou Jesus. E a cada vez que há precisão de sacrificar um amigo do direito, um advogado da verdade, um prottor dos indefesos, um apóstolo de idéias generosas, um confessor da lei, um educador do povo, é esse, a ordem pública, o pretexto, que renasce, para esculpar as transações dos juizes tíbios com os nteresses do poder. Todos esses acreditam, como Pôncio, salvar-se lavndo as mãos do sangue que vão derramar, do atentado que vão cometer. Medo, venalidade, paixão partidária, respeito pessoal, subserviência, espírito conservador, interpretações, razão de estado, interesse supremo, como quer que te chames, prevaricação judiciária, não escaparás do ferrete de Pilatos! O bom ladrao salvou-se. Mas anão há salvação para o juiz covarde".

Que diria Rui de julgamentos sem provas cabais baseado e convicção, delação, ilação e dominio do fato? Que diria Rui de power point? Reflitam sobre o que Rui escreveu. Lembro que ele nao era do PT e nem do Psol. Ah, justiça! Ah, Brasil! Viva Rui Barbosa. Inté.