Cronista em compotas

Fui opositor durante certa época de um ex-prefeito de Pesqueira, Valderique Tenório de Brito. A gente se dava bem, mas ele era de um lado político, da Arena e eu do MDB, mas tirávamos de letra esse promenor. Só que como era meio raivoso, fomos aguentando, até que ele se candidatpou a prefeito e eu apoei, inclusive participando da campanha, a candidatra do seu adversário. Ficamos estemecidos, até mesmo evitando bater papo. Coisas da política do interior. Há muito isso.

Bom, mas como disse São Paulo, "o tempo é o senhor da razão", ele terminou seu mandato e voltamos às boas, ele morava perto da minha casa e sempre batíaos muito papo, relembrando as besteiras da política. Ele ainda se elegeu vic-prefeito, mas depois deixou a política. Continuamos a amzade, e a bater papo, muitas vezes em cadeiras na calçada do Hotel Independente. Inflizmente Valderique que era cadiopata teve agravados seius problemas de coração e, de vez em quando, era inerndo no Recife.

Numa dessas vezes, foi muito grave, como se diz no inyterior, desenganado. Sua família e amigos já estava,m entragandoos pontos. Uma noite, estava lendo um livro de Agatha Christie, um caso de Poirot, já era qase meia-noite, quando bateram na porta. Era um primo de Valderique, Lucilo Brito, muito amigo meu, assim que abri ele disse: - Notícia ruim: Valderique morreu no Português em Recife. Guson Freitas e outros amigos ja estão providenciado o caixão e os paéis para trazerem o corpo para Pesqueira. Olha, cabra véio, como você é o comentarista da rádio e era amigo dele eu e a famáilia queremos qe você faça ama crônica sobre ele. Ora, era o mínimo que podia fazer. Se fazia crônicas sobre a partida de pessoas com as quais anão tinha tanta amizade, como não fazer sobre alguém que era meu amigo?

Deixei o livro de lado, fui para a Olivetti cansada de guerra e comecei a batucar: "Pesqueira toda está muitoo triste, principálmente Mimoso, devido a partida do seu filho mais querido Valderique Tenório de Brito...". Bateram na porta, pareie fi abrir já era quase uma da manhã. Era Lucilo Brito de novo,ele mais trranquilo disse: - Cabra véio, notícia boa, Valderique 'envivesceu!'... Interrompi: - Enivesceu como, Lucilo? - Sei não, só sei que disseram que quando o médico foi fazer o atestado de óbito ele abru os olhos e falou. Já está bem e vai voltar, não precisa fazer a crônica. Fiquei satisfeito, mas achei tdo aquilo algo incrível. Não rasguei o papel com o começo da crônica.

Quando ele voltoue nos encontramos falei no caso da crônica e até lhe mostrei o papel com o começo. Ele riu muito. Coisas de comentarista em compotas.

Infelizmente ele teve outras crises e numa delas morreu de verdade. Fiz a crônica. Mas com vontade de qe fosse mais uma vez alarme falso. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 24/03/2018
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