“A VERGONHA DE QUE. PEDE ESTÁ NA RESPOSTA DE QUEM NEGA" (dr. Maury de Macedo Bringel)
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Sobre a greve dos professores em todo o Amazonas que reivindicam 35% de reajuste salarial, a frase do Dr. Bringel, se apresenta muito bem e considero-a perfeita para o momento, principalmente, na semana que um aluno postou em rede social, a foto de uma pistola apontada para um professor. O “marginal-aluno” com o desejo de aparecer, já foi identidade e começou a ser investigado. Desde 2006 fora da sala de aula, não sou capaz de imaginar o que se passa hoje dentro de uma sala de sula, entre quem tem o prazer de ensinar e quem tem o dever de respeitar...
Não se pode negar um direito legitimo aos professores de reivindicar uma melhor remuneração do salário base. Contudo, entendo também que está havendo uma "uma queda de braço" entre o poder público e a categoria. Só reconhecer erros do passado dos que não concederam os reajustes, não será suficiente. O descaso com a Educação vem de décadas: um fingindo que ensina e o Estado fingindo que está tudo bem e usa politicamente a greve atual da categoria! Um dos lados terá que ceder em suas reivindiques! A Justiça do Trabalho considerou a greve ilegal, a SEDUC, mesmo admitindo que paga mal a um professor, determinou o corte de ponto dos grevistas, o diálogo acabou, o radicalismo aumentou, mas diálogo inda será a melhor solução para colocar um fim no impasse estabelecido!
Como professor, queria receber toda a verba de gabinete dos parlamentares voltaria à sala de aula e esqueceria a aposentadoria por invalidez em 2009, mesmo com problemas neurológicos das 11 cirurgias no cérebro de 2006/2009, gaguejando, sem paciência, só para sentir a emoção e o prazer de receber de novo o calor humano dos alunos da antiga alfabetização à faculdade.
Consideraria só um mero detalhe os remédios que passei a tomar para continuar vivendo hipocrisia de fingir que combato as bactérias hospitalares incuráveis alojadas no cérebro - borrellia e serrattia -, esqueceria as convulsões, o coma de 10 dias na UTI do hospital, só para ver o resultado da queda de braço entre o poder do Estado e à categoria que forma todas as outras profissões, mas são pessimamente remunerados...Transferir responsabilidades, considerar a greve ilegal, cortar ponto de quem tem a responsabilidade de enfrentar uma sala de aula, pouco adianta é muito fácil.
Como já dizia o ex-presidente do BEA e superintendente do Sintram-Sindicato das Empresas de Transportes do Amazonas, Dr. Bringel, ao indicar-me para substituí-lo no cargo, "a vergonha de pede está na resposta de quem nega"! Greve não é política, mas está sendo usada como moeda de troca para planos futuros!
Os salários dos profissionais de nível superior deveriam ser todos iguais e não cheio de “penduricalhos” que os engordam, mas na hora da aposentadoria, desaparecem como se fosse uma mágica, como desapareceu da minha, atingida pelo “Fator Previdenciário”.