O XEQUE-MATE DA MORTE
Na competição entre a vida e a morte,
a morte ganha por competência e leva a vida...
Que é o troféu que a morte não sustenta.
As regras do jogo são estabelecidas pelo destino a mando do Criador de todas as peças, tabuleiros e jogos dispostos nesse imenso parque de diversões, chamado Universo.
Ainda nos assustamos no trem-fantasma, sem nos darmos conta de que os fantasmas que nos assustam existem dentro de nós, pois nós mesmos os criamos, até que um dia nos tornamos fantasmas assustados com o movimento dos vivos. Fazemos parte desse carrossel.
Jogos de Damas ou Jogos de Xadrez... No papel de Soldados sob ordens superiores, Reis e Rainhas, coroados pela vaidade; Bispos, nomeados pelas organizações religiosas; ou montados em cavalos sem rumo, num deserto de incertezas ou nas torres mentais de nossas observações... Somos parte de um imenso Jogo; submetidos a Leis Universais pré-estabelecidas ...Induzidos a crença de somos senhores dos nossos destinos, numa percepção limitada de nossa própria natureza e existência... Não compreendemos que forças nos movimentam nesse tabuleiro.
No desenrolar do jogo, no qual fomos inseridos, somos peças movidas no tabuleiro do mundo pelas jogadas da vida e colhidas pela morte que sempre dá o xeque-mate.
A vida tem muita jogada inteligente...
E jogamos com a vida...
Mas o resultado é o mesmo...
No final do jogo, perde-se a vida e ganha-se a partida ... Não importa se no primeiro ou no segundo tempo... A cada movimento das peças (que somos nós, dispostos no tabuleiro); numa jogada do destino, literalmente, ganhamos a partida no instante em que o jogo cessa... E em seguida, partimos... Retirados da superfície do tabuleiro e guardados nas caixas, caixões ou gavetas dispostas sob o tabuleiro do mundo, reservadas às pedras perdidas de um jogo qualquer.
Jogada de resultado previsível...
sem chance de se ganhar.
E nas mãos do destino, ainda insistimos em participar do jogo da vida, cujo adversário nunca conseguiremos trapacear.
- Sirley Alves -