SIMPLICIDADE

A simplicidade é o grau mais elevado de sofisticação." Leonardo da Vinci."

Às vezes, sinto falta de um mundo “simples”. Aquele que não cansa, não grita e não incomoda. O descomplicado que vai bem com todos os gostos, concilia com quaisquer ritmos e não causa mal-estar quando vem visitar-nos. Chega falando baixo e quando sai, deixa saudade é não desordem. Sinto falta, de pessoas que não fazem um drama para contar os seus “causos” e que também não estronda em textos intermináveis para defender uma posição política ou social. O simples que muitas vezes parece ser mal-educado, mas não, na verdade, é, tão somente, mais sincero.

É o simples “não” ou o simples “sim”, que facilitaria muito a vida dos prolixos usuais. O simples gostar sem a preocupação se será correspondido, ou o simples comer sem a culpa dos quilos que virão. É o “simples” que me encanta quando vejo alguém usando uma camiseta básica e um sorriso franco. Somos sempre seres tão exigentes com nós mesmos que não aproveitamos a simplicidade maravilhosa que podemos desfrutar quando não usamos tantas “crases e vírgulas”. Quando nos livramos dos exageros.

O simples que falta nos dias atuais, escondido atrás da maquiagem importada, dos difíceis nomes de comidas, do rebuscado. Temos títulos e méritos, compramos propostas refinadas em receitas padronizadas de felicidade, e temos a certeza do que queremos, sempre quando esse querer está contemplado num manual de como viver bem.

Só que nos esquecemos de que a “vida boa” não está descrita em manuais e não possui regras específicas. Viver é algo bem mais espontâneo e a felicidade é algo natural.