3.000 ARENGAS

Com esta chego a arenga número 3.000. Nunca, jamais e nem em tempo algum, juro, pensei que passaria das 50 maltraçadas, mas fui gostando, fazendo amigos e virou hábito ou vício positivo. Não sou um dos Batutas da lista do hermano Paulinho, sei das minhas limitações, nesse tme sou apenas um gandula, mas, creiam, com muito orgulho. Mais: tenho consciência que consegui pelo menos divulgar um pouco d minha região, defender minhas idéias, os ideais de justiça e, o negativo, arengar um bocado porque sou meio radical, mas sem amais perder a ternura, né mesmo? Tenho vários amigos, inclusive que pensam diferente de mim, o que em nada inerfere na amizade e respeito. Senti e ainda sinto a partida de alguns, como Ilmar, o baiano e a miha querida Deyzinha. Como nao me conforma co a saída por motivos de foro íntimo de hermanos como Mamma e Floriano Lott, e me parece Serpente Angel (que nunca teve nada de serpente mas muito de anjo), além de outros. Da mesma forma estou sentindo a ausência da Musa de Piracicaba, da Senhorita Vera (parece que o professor não concede bhaebas corpus), Pio Cândido, a motoqueira Cithya que virou fazendeira, a minha amiga Eni Ribeiro (será que virou tamabe fazendeira?) e outros. Mas não vou ficar fazendo arrodeios, apenas agradecer aos que deram e dao atenção a este véio mobral e aregueiro e ao meu neto que me ajuda na digitação dos meus trecos. Mas só pra lembrar vou transcrever crônica (arenga) número um que foi publicada em 29.03.2015. Ei-la:

VIDA QUE SEGUE

Dartagnan Ferraz

"Não adianta chorar sobre o leite derramado. A fila anda, a ficha cai, o tempo nao pára, e nada do que foi será... Assim, bola para a frente. Vida que segue.

"Não, não se deve esquecer o que passou. Nunca. Mas simplesmente entender que passou. Faz parte da nossa história.Mas coo disse Marx: "A história só se repete como farsa". O passado é sagrado, o acervo da nossa memória deve ser conservado porque baliza nossos passos. Mas temos que continuar andando, mesmo com alguns recuos, mas andando porque o fluir incessante do tempo é uma realidade. E, hermanas e hermansos, a vida continua. Precisamos vivê-la e usufruir de todos os bons momentos.

"O grande Garcia Márquez numa espécie de gozação disse uma verdade abissal: "A sabedoria nos chega quando a nao nos serve para nada". Sim, precisamos entender iossopara seguir adiante. Dói quando a ficha cai, mas é preciso assimilar a realidade e, mais do que isso, procurar novas "descobertas". Ser humilde e entender as limitações das fases da vida, principalmente que ela é finita e que isso é irreversível.

"Gosto muito de um conselho de Dom Hélder Câmara, ele disse que devemos envelhecer coo os vinhos, tornando-nos melhores, se azedar, sem virar vinagre".

"É difícil dosar as limitações, frustrações, dores, dissabores comotimismo e esperança. Ms não há nenhum motivo para não se tentar seguir adiante encarando a vida que segue inexoravelmente, aproveitando o sado desse tabueiro fantástico que é a vida.

"O escritor russo Turgeniev, no seu livro 'Pais e Filhos', dissecou o problema do homem em relação ao passar do tempo numa frase antologica: "O tempo que frequentemente voa como pássaro arrata-se outras vezes comouma tartaruga, mas nunca parece tão agradável quando nçao sabemos se ele anda rápido ou devagar".

"No mais, é repetir o que canta Zeca Pagodinho no seu samba: "Deixa a vida me levar, vida leva eu...", ou como cantouo Mestre Paulinho da Viola: "Não sou eu quem me navego, quem me navega é o mar". Xô pessimismo. Vida que segue".

PS: Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 17/03/2018
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