- É o doido acordando a gente

Escrevo todo mês umas maltraçadas para os jornais de Pesqueira e Arcoverde. Jornal do interior só circula mensalmente. É mensário, é assim que a gente chama nossos jornais. Ficamos bestinhas quando eles circulam. Sabe Deus o trabalho que dá manter esses jornais, estão circulando ininterruptamente ha mais de 30 anos. E nesta crise para pagar as gráficas é preciso muito trabalho. Mas vamos vencendo a parada.

Tem um detalhe que é o assunto desta arenga noturna, as crônicas que escrevo mensalmente para esses mensários (adoro essa palavra) são sempre sobre o passado. Nelas relembro tudo, acho que não falta recordar quase nada, mas as pessoas vãoa me dando dicas e a fonte permanece inesgotável. Escrevo esses textos com mais cuidado, datilografo numa velha máquina e em Pesqueira e Arcoverde existe um digitadore revisor competente. Adoro escrever essas reminiscências à noite, não raro varo a noite e trmino de madrugada. Mas sempre em meio à escrita surge uma dúvida, esqueço um local, um nome, um fato, uma data, e então ligo de noitão e até de madrugada para dois grandes amigos, um e cada cidade. Ligo e acordo para tirar qualquer dúvida. Incomodo, mas amigo é pressas coisas mesmo. Um deles, inclusive a mulher, nem ligam mais, mas a mulher do outro, minha amiga, fica com a gota serena. Dia desses liguei er mais de uma da manhã, ela acordou e quando me identifiquei ela gritou para o marido dela acordando-o: - É O VÉIO DOIDO ACORDANDO A GENTE! Ri muito e o amigo tambpem, mas não vou deixar de incomodar. Inté.