Grossura irreprimível

Creio que toda pessoa sensata e de boa índole, é avessa à grosseria, que só chamo de grossura. Qualquer tipo de grossura. Verdade? Há controvérsias, como dizia aquele personagem de Chico Anísio.

Digo isso porque acho que a grosseria/grossura faz parte de todos nós. Todos, acredito, temos a nossa porção grossura. E, pior, às vezes ela se manifesta de forma irreprimível. Posso estar errado e me baseando apenas em mim e no meu entorno, nas pessoas que conheço, no meu mundinho. Mas tenho essa opinião. Juro.

Vejam bem, não estou me referindo à grossura permanente, aos que incorporaram a grossura à sua maneira de ser. Não. Estou falando da grossura que cometemos de forma, digamos, sazonal, esporadicamente, mas, confesso, sempre com uma pontinha, um tiquinho, uma pitadinha de maldade e, of course, calculadamente. Sem essa que foi apenas irritação, mau dia, estresse... Comete-se a grossura pelo gostinho de cometê-las. Comete-se a grossura, como dizia Chaves, sem querer querendo.

Há, penso, no ser humano entranhado na sua alma, repito, uma porçãozinha de grossura. É pena, mas é verdade. E santo só tem no céu. Inté.