Lareira no sertão

Não consigo aturar e nem suportar o papo de novo-rico. É um porre, são amostrados demais. Querem na marra.. porque conseguiram amealhar algum dinheiro e bens, ser cosmopolitas, gurmets e intelectuais, donos do mundo, bambambãs, celebridades... E danam-se a arrotar besteiras.

Certa feita, no alto sertão, eu estava tomando mas lapadas de Pitu e tirando o gosto com uns pedacinhos de caju, acompanhado por amigos, qando pintou no pedaço um novo rico amostrado que só a gota serena. A cachacinha maneira começou a amargar, sabia que o cara iria aporrinhas a miha paciência, cportat o barato do papo ameno. Não deu outra. Monoplizou o papo, falando do que possuía, mas o foco principal foi a descrição da sua mansão. Tinha sala de ginástica, campo de futebol, çiscina, jardim externo e interno, não sei quantas garagens (penseoqueoria abrir loja de carros) e isso e aquilo, e para finalizar começou a descrever a lareira. Tossi engasgando com um pedacinho de caju, pedi que ele repetisse. ele repetiu, constru´ra uma lareira arretada daquelas que se vê no cinema em filmes de país que cai gelo. Ele falou isso. Perguntei que serventia tinha num sertão que fazia um calor danado e nao chovia há três anos e qiue nunca fizera frio, uma lareira. Ele riu superior e disse: - Mas é chique! Eu vi na revista Cláudia Casaemandei fazer uma igualzinha. Mandei até a foto para sair na revista e em outrs publicações. Não perguntei mais nada, nem paguei a conta me dspedi dos amigos e fui embora. Era o fim da ´picada fcar ouvindoesse tipo de absurdo.

Mas alguns meses depois fizeram uma feijoada num boteco para homenagear um boêmio, estava cheio, todo mundo à vontade, quando, de repente, pasmem, chegou o novo-rico chato de smoking. De soming. Juro. Ningupem se aguentou, a vaia comeu no centro. Ele ficou ofendido e retirou-se. O caso é absolutamente verdadeiro. Inté.