C o m p a n h e i r a d a

Nunca neguei - nem jamais vou negar - que sou um cara de esquerda, da chamada esquerda festiva, mas ainda assim da ala atípica, da que não aceita prato feito, decisão da maioria, nem linha partidária, enfim, que não atura xiitismo e nem besteirol.

Fui próximo do pessoal que fundou o PT na minha região, mas nunca fiz parte do partido, aceitei a linha, nem aguentava, quando convidado, a assistir toda auma reuniao do partido, aquelas discussões intermináveis me irritava, mas o que ainda me irritava mais era que os militantes começavam a imitar até os costumes e liguajar dos sindicalistas do sul.

Lembro que em 1986, naquela campanha de Arraes para voltar ao governo de Pernambuco, o PT não apoiou Arraes, botou um candidato, não sei se Bruno Maranahão ou Manoel da Conceição. Não faziam concessão, achavam, pasmem, Arraes alguém com tendência à direita, não era um esqueerdista puro, naquele tempo fazer concessão com alguns setores consiervadores era pecado mortal. Juro.

Bom, na época chegou a cidade um sujeito que há mais de 30 anos estava em São Paulo, se dizia íntimo da cúpua do PT, foi logo tomando conta do pedaço, inventando moda, mandando nos militantes. Eu não fazia aparte da campanha ´petista, estava com Arraes, mas apoiav um candidato a deputado do PT, por isso de vezem quando participava de uma reunião. Pois bem, o sujeito exigiu que todos começassem suas falas com o termo, "Companheirda!", como se fazia em Sao Bernardo do Campo e outras cidades paulisyas. E os carinhas assimilaram. É claro que divergi, disse que aquilo era ridículo, não se podia usar um linguajar do sul no nordeste. O cara quis se zangar mas eu o mandei praquele lugar. Em outra oportunidade, eesse mesmo sujeito inventou de se fazer passetas diárias na cidade com bandeiras vermelhas. Eu adverti o pessoal, isso não vaia dar certo, mas tentaram, as vaias comeram no centro. Já no final da campanha fui a um ato público que estava o candidato a deputado federal que eu apoiava, começaram a auma discussão e quando dei uma idéia, o sujeito chato rebateu e começou: - A nível de PT... Não terminou, eu interrompi o aparte dizendo: - Em primeiro lugar tenha educação, ouça os outros falarem e depois dê sua opinão. Em segundo lugar nível écoisa de calçamento. feixe de ser pernóstico, primeiro dê uma relida na carta do ABC. E me retirei.

Depois de algum tempo acabaram com o compaheirada e outras besteiras porque o assessor se passou para a direita. Inté.