VAMOS REFLETIR UM MOMENTO
VAMOS REFLETIR UM MOMENTO
Mário Osny Rosa
Na espiral desse mundo tudo continua se repetindo no decorrer dos tempos.
Senão vejamos na Idade Média em todas as partes do mundo as grandes construções e principalmente as catedrais, Igrejas, palácios e os as demais não chegaram ao final com as características de quem as projetou. Geralmente com a morte do seu projetista ou mesmo com a troca destes as construções tomavam um novo estilo arquitetônico, tudo isso se devia naquela época a pouca capacidade econômica, todas as construções levavam muito tempo para serem concluídas. Esses fatores também aconteceram no Brasil colonial e no primeiro Império, como no segundo temos igrejas e palácios dessa época que tiveram nas suas edificações mais de um, dois e três estilos arquitetônicos. E os fatores continuam a ser os mesmos da Idade Média.
Nessa análise sintética as legislações no decorrer desses tempos receberam as mesmas influências, demoravam muito tempo para serem elaboradas e publicadas às vezes já chegavam já defasadas com a evolução dos tempos.
Essa maldita influência continua em nossos tempos, as leis demoram muito tempo ao serem elaboradas e aprovadas e quando são sancionadas já se encontram defasadas com as novas realidades que ocorreram naquele ínterim.
Essas leis ao serem elaboradas passam por muitas cabeças e muitas vezes sem visão do futuro, e com as suas evoluções, logo esses arquitetos legislativos têm cada um uma visão diferente entre si e com isso surgem as imperfeições na elaboração de leis. Sem que as mesmas venham acompanhar as evoluções tecnológicas que vem no momento assustando o mundo em nosso tempo. Um exemplo claro em nosso sistema brasileiro, as MP (Medidas Provisórias), sua sigla gera controvérsia com a sigla de MP (Ministério Público).
Nome ridículo dado a uma lei, para ser lei no futuro, e que age como lei no momento de sua edição e deixa de ter valor, no momento que não for aprovada pelo poder legislativo e muitas vezes causando graves lesões econômicas a essa pobre e rica sociedade. E assim segue a espiral dos acontecimentos em todo o mundo. Hoje vivemos o mundo do oportunismo em qualquer escala da sociedade. O homem perdeu sua dignidade, sua honradez, sua ética torna-se mentiroso pelas conveniências e oportunidade que o poder lhe confere. Já se foi o tempo em que o fio de barba de um homem selava um contrato, pois hoje poucos homens têm barba crescida para tal honradez. Diante de todos os progressos da ciência que desfrutamos nesse momento um deles fica devendo muito a sociedade é a evolução de um homem sério em sua retidão, em sua ação, em seu respeito a essa fragilizada sociedade em que vivemos.
Quando vamos reviver a chegada de um novo homem com o perfil daquele Cristo que nasceu numa pobre manjedoura, e morreu pobre pregado na cruz; e se o mesmo retorna-se hoje a face da terra seria novamente crucificado com a mesma impiedade que foi naquela época passada.
Esse é o mundo cão que vivemos e que vamos viver por muito tempo se o homem não se regenerar.
São José/SC, 27 de agosto de 2.007.
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