Difícil






 
Hoje eu tive um encontro casual
ao retornar do meu trabalho,
vi uma pessoa conhecida
que me chamou a atenção
na rua, chegando mais perto,
à luz, eu a reconheci,
era uma amiga querida
e muito especial para mim.
Perguntei
o que havia acontecido,
quando vi os seu riso triste,
quando percebi o seu olhar
muito distante de mim,
quando eu falava,
enquanto ela parecia não ouvir,
e quando me respondia
não falava coisa com coisa...
Fiquei muito triste.
Eu já conhecia àquela característica
de quem estava se deixando
segregar, senti uma grande aflição, quis ajudar,
sabendo não iria ser fácil, não. Nos sentamos para conversar.
Primeiro eu acho que o amor tem que ser recíproco,  
amor infinito e incondicional, só em poesia.
Acho que eu nunca amei de fato, não amei, se amar for anular-se,
não amei, se amar for rastejar-se...  
Eu  juro que não queria decepcionar o significado do amor,
porque amor tem outra conotação para mim. 
Tive um grande amor mal acabado em minha vida, mas amei
primeiro a mim mesma, não consigo ser diferente,
nenhum umbigo é mais bonito do que o meu.

Eu não queria, eu não quis e jamais vou aceitar em minha vida a condição de ser manipulada pelos meus sentimentos, mesmo gostando de romantismo, e de fantasias, eu não me deixo dominar por nenhum sentimento, porque acima de tudo está o meu amor próprio. Nenhum amor faria eu abrir mão da característica de minha personalidade.
Lamento quando vejo mulheres dinâmicas e até bem sucedidas se deixando vencer por sentimentos que só lhe arrastam para o abismo.
Não sou feminista, não carrego nenhuma bandeira,
não me submeto a slogans, apenas me respeito e discordo de qualquer restrição à minha liberdade.
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 19/02/2018
Código do texto: T6258721
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