Camisa, presente de minha mãe

Sempre fui amigo de boêmios- continuo sendo -, além de bêbados chatos. Sim, foi amigo também desses ultimos, ainda restam alguns. ou um cara tolerante, não me incomodo de ouvir conversa de bêbado, amigo é ras essas coisas. oi meu amigo, tolero quase tudo. Seo sujeito é boa praça, amigo de verdade, se seu pecado é somente ficar chato quando está bêbado, aguento. tolero, ouço sua conversa mole e enrolada.

Sabe esses que quando estão bêbados começam a flar cuspido na gente e a nos empurrar, bater nos nossos ombros, gritar, e remoer aquela latromia: - Você não gosta de mim! Você tem vergonha de mim! Você não me considera!... e etc e tal e coisa. Aguento, mesmo puto da vida.

Um desses amigos, um cara que lidava com escrita, imposto de renda, esses trecos ligados a empresas, era muito amigo meu, tanto do mesmo lado político, como porque éramos doidos por samba, e or uma cantora: Beth Carvalho, aliás, duas, tinha tmabém Clara Nunes, a única discussão nossa era porque eu gostava mais de Clara Nunes, embora fosse arriado também por Beth.

Mas esse amgo mu exprolva bêbado, ficava muito incoveniente, revelava coisas que nao devia sobre pessoas que a gente conhecia, proovocava, enfim, era um bebinho chato da gota serena. Mas eu ia aguentando, até que surgiu um fato que alterou nosso relaconamento. Foi o seguinte: minha saudosa mãe me deu no meu aniversário, dia quatro de maio, uma camisa de malha fina, cara, arretada, acho que ela gastou nela a metade da aposentadoria que meu pai deixou. Euadorava essa camisa, só vestia ela em ocasiões especiais. Então ouro amigo nosso fez uma festa de casamento num clube, não gosto dess tipo de festas, mas tive que ir e, claro, botei a camsa que mae me deu. Por azar me sentei numa mesinha e o amigo bêbado chato sentou-se tambem e ficmos ali conversando e tomando uma doses de rum. O sujeito começou a toar rum como quem toma água e, aí, tem sempre um aí, começou aficar bêbdo e chato, a provocar, falar alto e dar tapinhas no meu ombro, como eu comecei a ficar meio irriado as pessoas olhando, ele ficou co raiva e, poke!, deu um puxão na gola da minha camisa e rasgou-a. Olha, fiquei arretado de raiva, mas ponderei, contei até três, pensei na amizade, relevei..., mas me levantei e fui embora da festa. Em casa tirei a camisa rasgata e botei dentro de um plástico, guardeia-a por muito anos, perdeu-se numa mudança.Laentei muito. Presente de mae é presente de mãe. É uma jóia rara, sea o que for, até uma camisa rasgada.

Bom, no outro dia, antes de sair para o banco, devia ser seis e meia da manhã o bêbado chato bateu na minha porta, o cara vinha desesperado, triste, envergonhado, arrependido. Pediu desculpas, disse que amsis isso se repetiria... Mas tive que ser duro, presentede mãe é sagrado. Disse a ele:

- Cabra véio, nossa amizade continua, mas só você bom, sem beber, quando beber, elo amor de Deus, jamais chegue perto de mim. Prego batido ponta virada, ficamsos amigos, mas ele quano bebia nao se aproximava de mim. Morreu e enunca mais bebemos juntos, nem para ouvir as mpusicas de Beth CVarvalho e Clara Nunes. Inté.