Croniqueta sobre a pátria

Estamos aqui em Pernambuco em pleno carnaval. Não vou negar que adoro carnaval, mas não posso brincar, a saúde nao deixa, fico apenas olhando, como dizemos por aqui, "vendo com os olhos e lambendo com a testa". E lendo meus livros policiais, fazendo palavras cruzadas e escrevendo minhas arengas, mas é ouvir o som da banda e vou à porta olhar os blocos que mesmo antes do carnaval saem às ruas. Mas vamos a mais uma arenga.

Sou apenas um homem velho, algupem que já viveu momentos parecidos com este que estamos vivendo: tensões orquestradas que podem redundar em nova ditadura. E sei como é duro, tramático e repulsivo o regime de exceção que nasce desse comportamento manada, orquestrado pelo fascismo e por aquees que não querem que o povo avance. Foi assim em 64. Foi esse patriotismo sazona, gamabiarra e oportunista que gerou o monstrengo da dtadura. Amor à pátria não é endossar golpe, mas ter solidariedade elos menos favorecidos e deixar povo sscolher quem deseja como presidente. Para ser patriota ninguém deve fazer reclame. Amor pela pátria é algo que se deve praticar diuturnamente, sem alvorço, sem "arrancos", sem mentiras. A pátria nção pode conviver com esse ódio avassalador contra os avanços sociais e contra o desejo popular. Amor a pátria é praticar a democracia. É preciso entendimento.

Encerro esta arenga pre-carnavalesca, á estou ouvindo fogietões e sem duvida um bloco vai passar e eu vou ohar, citando um verso de um poema de Vinicius de Morais:

"Ponho no vento o ouvido e escuto a brisa/ Que brinca snos teus cabelos e alisa/ Pátria Minha e perfuma o teu chão.../ Que vontade me vemde adorecer-me/ Entre teus doces montes, pátria minha/ Atento à fome nas tuas entranhas/ E ao batuque no teu coração".

Vu ohar o bloco, estou ouvindo gritos de For, Temer. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 08/02/2018
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