Nem gênio e nem idiota

Há muita discussão, debate, polênicas sobre o homem superior e o inferior. Pululam adoidados os que se julgam superiores e são aplaudidos freneticamente por capachos deslumbrados e paus-mandados amestrados. Quando vejo esse espetáculo deprimente de endeusamento e deslumbramento, esses reclames exagerados, embro Fernando Pessoa: "Eu simpatizo com tudo. São-me simpáticos os homens superiores porque são superiores e são-me simpáticos os inferiores porque são superiores, porque ser inferior é diferente de ser superior e isso é uma superioridade a certos momentos de vida". Bingo!

Admito tranquilamente que existiram - ainda existe - os gênios. Como negar Dostoiévski. Einstein, Galieleu, Shekespare, Cervantes, Freud, Jung, Sócrates, Platão, Aristóteles... ? Mas a maioria absoluta não é - nem nunca foi^- formada por gênios e nem tampouco por idiotas, mas or humens e mukheres comuns. No entanto há uma forçada de barra para endeusar pessoas comuns que não possuem o lampejo da genialidade, apenas se projetaram por fporça ds circunstâncias em determinados setores, numa empresa, no poder público, em cargos... Aí tome reclame, elogios, endeusamento. Uma babaquice sem limites. Gênsios no Brasil como Niemeyer, Santos Dumont, Villa Lobos, Di Cavalcanti, Osvaldo Cruz,, Machado de Assis... E hoje temos Chico Buarque de Holanda, sem esquecer Darci Ribeiro, Paulo Freire, Josué de Castro, Sérgio Buarque de Holanda e Noel Rosa. Ha outros, estou citando de memória. Mas, repito, a maioria é gente comum, medíocre, esta apalavra é exata. Não, a maioria não é de genios e nem de idiotas, mas de pessoasw comuns, medíocres.

Diferente é elogiar o caráter, o brio, a solidariedade, a fraernidade, o ser humano que partilha e é comprometido com a luta do povo por melhores dias. Mas vamsos sossegar a periquita: NÂO SÂO Gênios, nem idiotas.

Quando vejo se discutir essa bobagem de homem superior e inferior, sempre me vem à mente o que disse um grande pensador chamado José Ingenieros, um argentino (meio italiano):

"..."Se devêramos ter em conta a boa opinião que todos os homens possuem de si mesmos, ser-nos-ia (lembra alguém?) impossível tratar dos que se caracterizam pela ausência de personalidade. Todos julgam ter uma, e muito sua. Ninguém adverte quea sociedade o submeteu à operação aritmética que consiste em reduzir numerosos a um so denominador comum: a medíocridade. Estudemos, pois, os inimigos da perfeição, cegos aos outros. Existe enorme bibliografiasobre os inferiores e insuficientes, desde o criminosoe delinquente até o retardado e idiota; existe, outrossim, requíssima literatura consagrada ao estudo do gênio e do talento, coisa sagrada cujo alto converge em manter a história e a arte. Tantos uns como outros, porém, não passam de exceções. O habitual não é o gênio em o idiota, não é o talento nem o imbecil O homem que nos rodeia aos mihares, que prospera e que se reproduz no silêncio e na treva, eo medíocre".

A ficha precisa ciar para muita gente que está posando de semideus, inclusive para seus capachos e paus-mandados. Todos somos homens comuns, o gênio é exceção.

No mais, aproveito para voltar a citar Pessoa porque ele diz justamente o que penso, aquilo que devemos dizer se pensamos: "Porque sou rei absoluto da miinha consciência (?) , basta que ela exista para ter razaao de ser". Se citei errado. Pardón, sou medíocre paca. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 02/02/2018
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